sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Asas de anjo


Asas de anjo

Abre-te.

Envolve-me.

Desce comigo a profundeza de meus abismos.

Sente o fel da minha alma.

Deleita-se com meus prazeres.

Afunda teus olhos em minhas chagas.

Choras comigo.

Como ser pequeno ser tão velho?

Temes pela minha sanidade,

Pela minha vida,

Pela noite que escura se aproxima,

Pelos meus olhos que vê o mal,

Que vê como os homens afastam-se,

E todos me temem ou odeiam.

Estabeleces comigo um contato

Cantas uma canção de ninar.

Daquelas que só anjos e mães sabem cantar.

Enquanto me arrumo pra dormi na calçada

Velas por mim

Meu anjo guardião.

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