sábado, 20 de junho de 2009

Vieram.


Vieram.

Eles vieram

Escorados, amparados, sustentados

Frágeis como folhas outonais.

Doentes, dementes, sem mente.

Semente que murchou.

Olhos vidrados, estáticos, sem brilho algum.

Perdidos sabem-se lá donde, quando, em que situação.

Murmuram, choram, gritam, clamam socorro.

Em suas almas medo, dor, terror.

Já não participam da história como viventes

São os que partiram pela metade

E esperam desesperadamente o socorro

Vindo de casas simples

Pessoas simples

Que desejam ajudar

Emprestando o corpo, a fala, a mente, o coração

Para que eles possam dissertar

Sobre tudo que passam

Uns reclamam,

Outros choram,

Alguns se descobrem mortos e vivos,

Desabafam,

Reiteram a vontade de vingança,

Ouvem os ensinamentos do mestre.

Recebem a Luz do Divino.

Ajuda da espiritualidade.

E se vão.

Mais tranqüilos,

Sossegados,

Carregando no coração

Uma esperança:

De serem por Deus abençoado.

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