terça-feira, 30 de junho de 2009

Os Doze Curadores – Rock Rose – Dominadores



Sou delicada, frágil, amedrontada.

Contudo, Rosa de Pedra.

Sou dourada.

Como o Sol que acompanho os passos no céu.

Preciso de espaço, pois o ocupo.

Preciso do vento da liberdade.

De colinas onde vagueiem gado.

Sinto medo, vivo assustada, aterrorizada.

Medo de dá tudo errado.

Posso entrar em pânico.

Vivo meu único dia, a olhar o céu.

Como não quisesse estar aqui.

Mas, prende-me a Terra raízes fortes.

Minhas penugens buscam as experiências terrenas.

Sou como ouro escondido no pote no fim do arco-íris.



segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os Doze Curadores - Impatiens – Dominadores


Veja como me abro para o mundo

Tento absorvê-lo, o mais rápido possível.

Sou rápido, nervoso, impaciente.

Posso ser vermelho nervoso

Ou malva-pálido paciente e consciente.

Consciente do meu tempo, do seu tempo, do tempo deles

Cada um com seu tempo.

Meu caule é cheio de água

Como eu sou cheio de vida e cheiro forte

Marco presença.

Cresço rápido, alto e ereto.

Lanço meus filhos sementes num estrondo

E eles se espalham.

Preciso de espaço.

E o conquisto.

Sou competente em ser belo

Sou competente em me manter vivo

Sou competente em gerar.

Falta-me, contudo paciência para aos outros esperar.

E aceitar que nem todos são assim... como eu.


Os Doze Curadores - Chicory - Dominadores



Não sou tacanha ou mesquinha

Broto profusamente para ser apreciada.

Como um buquê de noiva minhas flores nascem acima e abaixo.

Preenchendo espaços.

Minhas sementes, meus filhos amados,

Lanço-os aos meus pés

Para que cresçam a minha sombra

Sob a minha proteção.

Meu caule é firme

Minhas raízes são profundas e tenazes.

Para não me abater facilmente.

Cuido até do Sol por todo dia

E quando ele se vai

Também me vou

Entristecida por não mais servir

Mas novas flores do meu caule peludo

Abrandarão a solidão solar, no outro dia com sua beleza.

domingo, 28 de junho de 2009

Florais de Bach - Centaury – Facilitador

Florais de Bach - Centaury – Facilitador

Sou pequena

Mas, sou forte.

Em solo pobre nasci

Sem atenção eu cresci.

Sou estrela de chão

Que colori de lilás as outras plantas

O capinzal meu irmão.

Escondo-me da ignorância alheia

De pisar o que é pequeno.

Mas, se bem não desisto

Reergo-me, a mim mesma conquisto

E aprendo a dizer não.

sábado, 27 de junho de 2009

Os Doze curadores de Bach – Cerato – Facilitador.




Venho do frio, venho de longe

Das montanhas do Himalaia.

De cor azul sabedoria celeste

Poder e beleza da alma.

Posso ensinar o que sei

E sei que sei

Sem ter que perguntar

Todas as respostas estão comigo.

Não acerto se fora for procurar.

Sou inviável fora de mim.

Uma tola planta.

Ao vento que me balança.

Que procura fora as resposta

Quando a sabedoria interior

Que me mantêm me torna uma mestra.

Sem nada perguntar a ninguém.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os Doze Curadores de Bach - Gentian - Facilitador

Gentian

Surjo da terra fria, escura, úmida, vivificante

Quando o Sol já passou duas vezes

As outras já se foram

Findou a primavera é outono.

Pequena e frágil

Estendo meus braços aos céus

Abro com fé as minhas pétalas

O medo existe

De ser esmagada,

Não vista,

Atropelada,

Mas, resisto.

Incerto é meu futuro.

Contudo sei...

Há um plano para todos

E nessa fé

Reside a minha força.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Os Doze Curadores de Bach - Mimulus - Facilitador


Quero ser uma flor a beira rio

Sempre no risco de ser levada

Em minha cor amarelada

De medo e ousadia.

Quero lançar sementes ao ar

Meus filhos ao Sol

Voando feito pássaro livre e sem destino

A não ser o que lhe determinar a natureza.

Quero ser flor de um dia

Que nasce com o Sol

E persegue a sua luz e calor

E ao entardecer

Já cansada de tanto esforços

Fechar as pétalas

Cair ao chão

E virar vida para outras flores

Que com certeza virão.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Flores e Florais.

Flores e florais.

Além da beleza, das cores, formas, aromas e êxtase as flores podem nos oferece a cura. A cura mais importante, a cura definitiva, a cura profunda, a cura da alma.

O Dr. Bach conseguiu através de sua elevação espiritual, sua comunicação direta com sua Mônada perceber o poder “milagroso” de dezenas de flores que saravam as dores da alma e conseqüentemente do corpo.
A ele meu muito obrigado.

Muitas pessoas estão lutando, há muito tempo, para o reconhecimento, justo e merecido dessa Terapia Complementar. E isso com excelentes resultados para aqueles que chegam as suas mãos e ao seu coração. Pessoas que divulgam o trabalho com florais através de cursos, muito bem ministrados e acima de tudo realizados com paixão e amor.
A minha mestra de Florais de Bach Leopoldina Alencar (Recife-PE) meu muito obrigado.

Àquela que me retirou do poço da escuridão da minha própria alma. Quando eu já não tinha esperanças de fazer algo para mudar minha vida e deu-me novas expectativas.
Minha irmã, terapeuta floral, Socorro Fittipaldi meu muito obrigado.

Ao Ser Divino que nos contemplou com todas as flores. Obrigada, obrigada, obrigada.

Segue um poema para cada flor do Sistema Floral de Bach. Que lhes sejam úteis.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Avó Tila.


Avó Tila.

Esqueceu de mim?

De como me punha no colo

E cantava as canções de ninar.

Levava meu paninho, minha fralda velha, para eu cheirar.

E no seu colo de senhora

No seu cantar monótono e longo

Eu adormecia, enquanto ainda era um anjo.

Esqueceu de mim?

Das brincadeiras de fingir de morta

E pular repentinamente como quem ressuscitou.

Dos carinhos que fazia na minha cabeça

O cafuné tão bem aplicado.

Esqueceu de mim?

De como me dava à mão ao atravessar a rua

E me mostrava à fumaça saindo do cigarro enquanto dizia:

“assim, como essa fumaça que se desfaz rapidamente é a mocidade que se esvai”.

Ou puxava a pele da mão enrugada

Que não retornava logo ao lugar.

“Vê, sinal da velhice”.

Foi-se sem eu ver.

Estava longe.

Estava triste.

De sua maneira gostava de ficar conosco.

Partiu.

Esqueceu de mim?

Eu não a esqueci.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Por que você ler o que escrevo?

Por que você ler o que escrevo?

Reconheces-te em minhas linhas?

Gostar de recordas o que tinhas?

Achas belos os meus poeminhas?

Não te entristece essa minhas rimas e rinhas?

Com as coisas da vida.

Por que você ler o que escrevo?

Sente prazer no sofrimento?

Busca nas palavras alento?

Procuras verdades nas entrelinhas?

Ou essas palavras te reanimam?

Ou deprimem mais a tua alma e a minha?

Por que você ler o que escrevo?

Achas verdades nesses cantos?

Encontras vida nas palavras contidas?

Nas verdades escondidas?

Espera que um dia eu pare com essa mania?

Por que você ler o que escrevo?

Para como eu exorcizar nossa sombra?

Expurgar a tortura mental?

Extirpar o mal?

Procurar nesse caos o ponto inicial?

E como Teseu sair desse labirinto de trevas e mal?

Responde-me...

Por que você ler o que escrevo

domingo, 21 de junho de 2009

Minha boca.

Minha boca.


Quando nasci minha boca era grande

Cobria quase todo meu pequeno rosto

Ficava feio e engraçado

Acho, que a minha mãe deu desgosto.

Cresci, cresceu a boca e os dentes.

Grandes como a caverna que os guardavam.

Branco como leite (eram de leite)

E aos poucos caíram de maduro

Feito fruto do pé.

Adoleci (se tem por aí esse termo)

Falava pela boca e cotovelos

Ria de tudo e ria com todos

Uma grande boca risonha

Com dentes de coelho.

Amadureci.

Aprendi a fechar a boca.

Porque falar era errado.

Já não era tão grande minha boca

Faltavam-lhe exercícios e ela murchou.

Envelheci

Foram-se os dentes como flores mortas após primavera.

Minha grande boca novamente abriu

Sem dentes próprios é verdade

Mas, uma linda perereca.

E novamente a língua solta

O riso solto

Já não devia nada a ninguém

A fala saiu mansa e verdadeira

A velhice fez à asneira

De fazer -me dizer minhas verdades.

sábado, 20 de junho de 2009

Vieram.


Vieram.

Eles vieram

Escorados, amparados, sustentados

Frágeis como folhas outonais.

Doentes, dementes, sem mente.

Semente que murchou.

Olhos vidrados, estáticos, sem brilho algum.

Perdidos sabem-se lá donde, quando, em que situação.

Murmuram, choram, gritam, clamam socorro.

Em suas almas medo, dor, terror.

Já não participam da história como viventes

São os que partiram pela metade

E esperam desesperadamente o socorro

Vindo de casas simples

Pessoas simples

Que desejam ajudar

Emprestando o corpo, a fala, a mente, o coração

Para que eles possam dissertar

Sobre tudo que passam

Uns reclamam,

Outros choram,

Alguns se descobrem mortos e vivos,

Desabafam,

Reiteram a vontade de vingança,

Ouvem os ensinamentos do mestre.

Recebem a Luz do Divino.

Ajuda da espiritualidade.

E se vão.

Mais tranqüilos,

Sossegados,

Carregando no coração

Uma esperança:

De serem por Deus abençoado.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Oração


Oração

Jejum

Genuflexão

Perdão

Contentamento

Expiação

Negação de si

Encontro

Misticismo

Meditação

Concentração

Reflexão

Caridade

Verdade

Visão

Júbilo

Êxtase

Leitura

Mudança

Atitude

Bondade

Carinho

Alteridade

Tanta coisa

Quando bastava

Amar a tudo

De verdade.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ave



Ave

A todos os césares

Ave a todos os tribunos

Ave a todos os senadores

Ave aos cidadãos de Roma

Ave aos párias romanos

Ave aos soldados invencíveis da loba da história

Ave

Assim, o mundo saúda os conquistadores

Os donos de toda a terra

Com suas botas e suas espadas

Suas mulheres vadias

Seus políticos corruptos

Ave, ave, ave

Pilatos, Pôncio

Que lavastes as mãos

Ave Barrábas que não conhecia seu crime

Seu papel na peça da redenção

Ave ao povo que gritou Jesus

E o condenou a cruz

A visão pretérita dos profetas

A pedra rejeitada

Que sustenta a construção de um novo mundo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Plantas e reclamas?

Plantas e reclamas.


Reclamas de tua solidão.

Reclamas de traição.

Reclamas que te esqueceram.

Reclamas que teu telefone não toca.

Reclamas os amigos que sumiram.

Reclamas os filhos que não te visitam.

Reclamas da tua velhice.

Reclamas, reclamas, reclamas...

Só não reclamas da tua tolice

Que plantou por toda vida as sementes

Da falta de amor, de compreensão, de alteridade, de compaixão e amizade.

O que hoje te falta em frutos de felicidade.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Descompasso.



Descompasso.


Bate um coração descompassado

Um pedaço, pela vida, retalhado.

Um ser amoroso estraçalhado

Pela dor da solidão.

Bate em ritmo errado

Um instrumento sem sintonia, sem passado

Que viveu escondido, acuado.

Pelo medo de amar e não ser amado.

Agora só

Repousa intranqüilo num corpo gélido

Numa cama branca de hospital

Sem outro coração a acompanhá-lo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O céu emudeceu


O céu emudeceu

Encheu-se de pó

E escuridão

Não há sequer um sorriso

Só choro

Gritos de desespero

Corpos queimados

Destruídos

Estupidamente desintegrados

Pó humano

Cinzas de homens expostas ao vento mortal

Crianças que não entendem porque estão sem pele

Mães que não querem pari monstros disformes

Espíritos que não conseguira desabrochar para uma nova vida

Não, não há cantos nos céus

Diante de tanta barbárie

Calaram-se os anjos

E ao barulho do cogumelo radioativo

Frente ao hediondo perpetrado

Até os demônios também emudeceram
.

domingo, 14 de junho de 2009

Certeza tenho.


Certeza tenho.


Existe tanto amor em mim

Certeza tenho.

Contudo escondido estar.

Em profundos abismos da alma

Onde não consigo penetrar.

Vez, algumas, explode como um gêiser

Inundando a alma, o corpo, as mãos

Sou feliz, como nunca o fui então.

Esse amor é Teu

Tu o desses para mim

Com uma única condição para usá-lo

Ele descobrir

Entre as pedras, nos caminhos, nos espinhos

Dividindo o que tenho

Sem às vezes ter nem para mim

E está lá

Escondido, esperando-me, eras e eras

Esse tesouro imensurável

Que me fará uma abençoada

Onde eu estiver

Na lama ou no palácio

Nas ruas ou no catre prostrada

Acompanhada ou sozinha

Serei eternamente feliz

Pois, encontrei Teu amor comigo.

E eu em Ti.

sábado, 13 de junho de 2009

Não acredite em mim

Não acredite em mim

Quando te digo amo

Sussurrando em teu ouvido.

Não acredite em mim

Quando olhos nos teus olhos

E pareço está a ver o Universo.

Não acredite em mim

Quando tento te confortar

De todas as dores do mundo.

Não, não acredite em mim

Quando afirmo que morreria por ti

Sem nenhuma dúvida.

Não, não acredite em mim

Quando juro que te amarei eternamente

Onde quer que esteja.

Não, não acredite em mim.

Quando assevero que mesmo indo

Estarei contigo.

Não, não acredite em mim.

Não é essencialmente necessário que acredites

Imprescindível que eu o faça.



sexta-feira, 12 de junho de 2009

Alzheimer.


É a poeira do tempo

Levantando a solidão, o isolamento construído no tempo.

Espalhando lembranças, amarelas, rotas, estáticas.

Arrastando o que resta da memória.

Pequenos instantes de felicidade que achava inúteis.

Levando os últimos e únicos sorrisos.

Submergindo, escurecendo o rosto dos poucos amigos que restaram.

Apagando as aventuras da mocidade.

Os amores infantis, os beijos roubados, com consentimento implícito.

Tornando esquecível o inesquecível.

A pipa no ar, os banhos de rio, o deslizar nas pedras da cachoeira.

As corridas de pangarés.

A caça as tanajuras.

As mãos de mãe nos meus cabelos.

A voz forte do meu pai a chamar-me.

Meus incontáveis irmãos e irmãs sentados a mesa.

Única hora de silêncio.

É o vento do tempo passado

Que nos presente faz com que esqueça

Até quem sou eu.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Como...

Como...

A água e gelo

O Fogo e fumaça

O Vento e movimento

A Chuva e terra molhada

As negras nuvens e escuridão

Os relâmpagos e trovões

Os olhos e lágrimas

Os lábios e sorrisos

O Silêncio e a dor

A morte e luto

A alegria e o triunfo

Os heróis e as vitórias

A magia e encanto

O ar e a vida

A beleza e admiração

As verdades e as certezas

O tempo e o esquecimento

Sou eu quem de Ti precisa como parceiro e complemento

Como todas as coisas necessárias para existirem.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sem Luz?

Sem adereço te apareço

Sem nenhum apetrecho

Sou então dantesco?

Não há sorrisos falsos

Palavras mansas

Cuidado em não ferir

Só a verdade

A verdade que eu sei e tu não o sabeis

A veracidade de quem somos

Sem máscaras, sem arranjos, sem pedaços escondidos

Simples seres de imensa escuridão

Que tentam escondem chagas

Em vão.

Mas, que por caridade Divina

No peito em que carregam grande solidão

Uma chama Divinal

Um clarão

Que nas muitas eras que virão

Será brilho intenso

Sem nenhum espectro irmão.




terça-feira, 9 de junho de 2009

Amar a todos

Amar a todos

Amar a cada um sem diferenciação

Amar a todos como se ama a um irmão

Amar aquele que pelas costas te apunhalou

Amar a quem te abanou na época das tempestades

Amar o que te deixou a beira do caminho e seguiu só

Amar quem te vilipendiou

Amar que não te ama

Amar que de ti não lembra nunca

Amar o desconhecido que passa correndo na rua

Amar os que têm tantos defeitos

Amar todo sujeito oculto

Amar que nunca viu

Amar quem já partiu

Amar quem está chegando

Amar o negro, o amarelo, o vermelho e o branco.

Amar sem fronteiras de línguas

Amar os que são belos e orgulhosos

Amar o simples de coração

Amar, amar a todos como irmão

Amar a si

Mesmo conhecendo toda a sua escuridão.



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Justiça perfeita

Justiça perfeita


Justo seja o que mereças

É o ideal.

Olho por olho dente por dente.

Não escapando assim de tua colheita;

Plantando espinhos e colhendo rosas.

Justo seja o que mereças.

Tua falta de caridade

O abandono.

Tua sisudez;

Nenhum amigo.

Tua avareza

Tua mesquinhez

Tua sovinice;

Nenhuma obra póstuma.

Teu desamor;

O esquecimento por todos.

domingo, 7 de junho de 2009

Luzes.



Luzes, luzes e mais luzes.

A cidade repleta de luz.

Luzes que piscam,

Que ficam acessas todo tempo,

Luzes coloridas,

Luzes brancas,

Luzes que ofuscam,

Luzes que criam formas,

Luzes nas arvores,

Luzes nas gramas,

Luzes nas casas,

Luzes nas praças e jardins.

Tanta luz nas coisas do mundo

Tão pouca Luz no coração dos homens
.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Períodos.

Períodos.

Falhei ao nascer como uma criança feia

Cresci como uma criança medíocre

Fechei-me no mundo meu

Que ninguém participou.

Tornei-me jovem e só

A vida não era o que esperava

Os adultos não foram meu amparo.

Não como o desejava.

Entornei sobre mim as responsabilidades

Escondi meus afetos e defeitos.

Coloquei a mascará do riso fácil

O choro só no escuro.

A dor só para mim.

Não a dividi com ninguém.

Somente quando a represa estourava.

Minhas dores não me mataram

Simplesmente fortaleceram minha alma

Minha visão de vida

Tornaram-me forte

Para ver, ouvir, sentir

E não desmoronar.

Diante da fraqueza humana.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Doce e azedo.

Doce e azedo.

Acordo e um novo dia

É de novo.

Trazendo consigo tristeza e alegria

Conquistas e derrotas.

Surpresas

Amargas e doces.

Dores leves e profundas

Alegrias mundanas e divinais.

O mal me incomoda

Um anjo me fita.

E dessa mistura doce azeda

Construo a mim mesma

Sabendo o que devo ofertar

E causar bem estar.

Sabendo o que devo descartar

Para dor não causar.


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Auxiliares invisíveis.

Auxiliares invisíveis.

Entre sonhos dantescos

De infernos causticantes

De terror

De sofrimento

De dores indescritíveis

De ódio

De azedume

De miséria

De abusos

De morte em vida

De animalidade em humanos

De demos em forma de homens

De escuridão total

Há anjos que caminham

Na lama, suja, pegajosa, pesada
umbralina

Quase sem poder respirar

Correndo riscos

Temendo

Para outro auxiliar

Só pelo amor

Que têm em si.

Ao outro.

E ao Cordeiro.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ser livre

Ser livre

É andar descalço

O menino de rua o é.

Falar o que pensa

A criança pequena o é.

Fazer o que quer

O irresponsável o é.

Decidir tudo sozinho

O solitário o é.

Ir onde quiser

O andarilho o é.

Não ter amarras

O barco sem ancoras o é.

Pensar o que quiser

O louco o é.

Ser livre

É ser o que se é

Lembrando que todos somos um.

Com normas,

Com responsabilidades,

Com amor,

Com compaixão,

Com solidariedade.

Comprometendo-nos conosco

E com outros.




segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mais uma.



Mais uma.

Mais uma letra

Mais uma fala

Mais uma rima

Mais uma preleção

Mais um ponto

Mais uma exclamação

Mais uma linha

Mais, mais, mais

Para que a letra se torne um escrito

A fala um aviso

A rima um aprisco

A preleção um discurso

O ponto a exclamação

Mais uma linha

Feita a poesia então
.