segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sinais do tempo.

Sinais do tempo.

Quando não se oferece ajuda,

Não se oferta auxilio,

Deixa-se para trás sem remorso,

Descuida-se dos velhos,

Descura-se das crianças.

Esquece o bom dia,

O muito obrigado,

A gentileza morre,

O eu tem que ser sempre o primeiro;

Na fila do banco,

Na sala do médico,

No número de posses,

Na mesa do banquete,

No caderno social do jornal.

O corpo bem vestido,

Com a melhor grife,

O melhor tecido,

Banhado com o melhor perfume,

Cheio de cremes importados,

Pés acomodados em couro de jacaré.

E a alma cheia de si.

Cheia de erros.

Cheia de chagas.

Cheia de sombras.

Vagueia entre a estultícia e a perda da sua Luz.


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