domingo, 31 de maio de 2009

Indo.

Indo.

Quem sabe um dia um anjo

Virá ate a minha janela

Numa luz divinal

Com sorriso, claro, angelical

E me dirá: vem!

E eu rugas, ossos, pele

Lenta como o correr das horas

Sorrirei e irei

Calçarei minhas pantufas

Colocarei sobre o camisolão meu cachecol

Colocarei as dentaduras

Farei um rabo de cavalo branco no alto da cabeça

Sorrirei e irei

E a cada passo em direção ao anjo

Surpresa

Remoçarei.

Olharei pela última vez o quarto do asilo

As companheiras de solidão

Sorrirei para todas me despedindo

E no meu catre um velho corpo carcomido

Parecerá sorrindo comigo.

sábado, 30 de maio de 2009

Infância.

Infância.

Da minha infância

Lembranças

Da chuva grossa no barro

Das formigas se afogando nas poças

Dos barquinhos de papel a singrarem o mar de lama

De chutar as poças d’água

Da roupa encharcada

Cabelos molhados

Colados ao corpo

Da felicidade de participar do espetáculo natural

Ser um com tudo aquilo

Sem pensar no momento seguinte

Viver o momento

Uma felicidade que não se espera

Está ali no agora


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sou livre

Sou livre

Para pensar baixinho

Para sorrir sem mostrar os dentes

Para dizer tudo em pensamento

Para ir onde quiser sem sair do lugar

Para criticar entre quatro paredes

Sem ouvintes

Para realizar todos os meus desejos

Sem testemunhas

Sou livre

Na minha mente

Sombria, maléfica, demente

Arredia, malvada, doente

Lá sou livre

Não há platéia

Não há assistentes.

Não há quem julgue

Se sou sã ou doente.




quinta-feira, 28 de maio de 2009

Quem me dera...

Quem me dera...

Só mais um minuto

Para parar a queda

Rever todas as coisas

Crer mais em mim

Confiar mais em Ti.

Só mais um minuto

Teria desistido

Repensado ato insano

Represado a dor

A humilhação de ser que sou

A pobreza que a minha vida coroou

Esta vil ação

Um minuto mudaria tudo

Teria Ti ouvido

Teria Ti sentido

Mas, a pressa de me ver livre

Da dor que me apavorava

Lançou-me, em minha covardia

A escura cova.

Que como Cronos os filhos devora.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Confio, confio, confio.

Confio, confio, confio.

A Ti minha vida

O meu passado, o meu presente, o meu futuro

Meus melhores momentos

Minha felicidade

O que de tudo precisar

O que aprenderei

O que já nasceu comigo e esqueci

Meus sonhos e desejos

Meu choro de criança

Meu pranto de homem

Meu coração

Todas as minhas ilusões

Minhas verdades

Minha mocidade

Confio em ti como guia

Por isso, não me abandones em plena estrada.

Mesmo não aprendendo com meus erros

Mesmo esquecendo Teus conselhos

Apara-me Pai.

Em Ti confio.


terça-feira, 26 de maio de 2009

Deus eu daria.

Deus eu daria.

Daria essa vida e outras

A luz dos meus olhos

Os passos dos meus pés

O correr das minhas pernas

Os sons da minha garganta

Meus sonhos

Minhas criações

Meus pensamentos

Tudo que me destes como meu

Para voltar a ti



segunda-feira, 25 de maio de 2009

Estarei sempre.

Estarei sempre.

Estarei sempre aqui

Esperando o dia certo

O momento exato

O vento correto

Quando a bussola aponte o norte

E o farol acenda a luz

A estrela Usa Maior estenda seus raios

O corpo se prontifique e se aprume

Os cabelos saiam do desalinho

Os ossos endireitem-se

Os lábios preencham-se num sorriso

O coração diga sim

Então

Irei à busca de ti

Nem que seja para ver-te ao longe

Sem tocá-lo

Sem dizer nada

Só pelo medo

De ser rechaçada.


domingo, 24 de maio de 2009

Agradeço realmente.

Agradeço realmente.

Por ter sido desprotegida

Aprendi a ser forte.

Por ter sido magoada

Aprendi a não me melindrar facilmente.

Por ter sido humilhada

Aprendi a ser humilde.

Por ter sido esquecida

Aprendi que o tempo tudo apaga.

Por ter sido caluniada

Aprendi que nem todos são verdadeiros

Por ter sido desprezada

Aprendi que não sou insubstituível.

Por ter sido mal tratada

Aprendi que nem todos têm bons modos.

Por ter sido roubada

Aprendi que a honestidade não é unânime.

Por ter sido pouco amada

Aprendi a dar mais amor para não ser igual há quem pouco ama.


sábado, 23 de maio de 2009

Preferível amar

Preferível amar

Mesmo em silêncio

Só com o olhar

No meu canto

Sem nada em troca esperar

Preferível amar

Cada ser como ele é

Sem nada quere ou poder mudar.

Simplesmente, aceitar.

Todos em suas formas impar sem par.

Preferível amar

Incondicionalmente

Sem por que

Mas, apesar.

Estendendo mãos firmes

Para amparar

Auxiliar no necessário

Não fazer mais do que precisar

E deixar partir

O nosso amor

Quando à hora da despedida chegar.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Peço.

Peço.

Pedi tanto

Tantas coisas a Deus

Que nem lembro quantas foram.

Nunca anotei nada

Só pedia

Achava que possivelmente não seria atendido

E pedia, pedia...

Engano meu tudo vinha

Como vinha que plantava

Nascia o fato onde menos esperava

Numa data não marcada

E ficava então desesperado

O que fazer com um pedido atendido

Que não mais me fascinava?

Aprendi a pensar menos no que preciso

E caminhar buscando o que posso

Fazendo minha parte de homem menino

E esperando que só me venha o que realmente necessito.


Pai e filho.

Preferia ter envelhecido junto a ti.

Acompanhar cada nova marca em teu rosto.

Os ossos que se entrevavam aos poucos.

O mau humor que aumentava dia-a-dia.

Ver-te perde os brilhos dos olhos

Que pareciam estrelas em noite sem Lua.

E teu sorriso perfeito amarelecer com o tempo

Sentir que diminuía tua força

Que desistias das discussões por puro cansaço

E dormias com as galinhas acordando ao canto do primeiro galo.

Ver teus passos diminuir a velocidade

E ter que te apóia em meus braços

Praticar contigo minha paciência

A ouvir as mesmas histórias, engraçadas, uma, duas, três, mil vezes com novos coloridos.

Perceber a perda da tua memória

Até que não me reconhecendo mais ou mesmo a ti

Fechasse os olhos como pássaro para dormir.

E não agora quando ainda tinhas vigor

E eu ainda precisava do teu amor.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A porta.

A porta.

Entreaberta a porta é um convite

A quem foi convidado ou não.

Por ela entra o honesto e o ladrão,

A santa casta pura,

A puta viva e sã,

O homem que teme a Deus,

E aquele que lhe ama as obras.

Bendita porta entreaberta.

Não tem preconceito com os que por ela passam

Brancos, negros, amarelos, vermelhos, pardos, descoloridos de sofrer.

Não se fecha nunca.

Só não passam os que estão com alvará de prisão.

Na Terra de leite mel

Que virou azedume e fel.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Trago comigo

Trago comigo

Todas as pedras do caminho que trilhei

Cada gota de sangue derramada pelo toque dos espinhos

O suor que empapou minhas vestes

O cheiro forte de quem vive o mundo

A alegria de ver a beleza em tudo

A aceitação do que não pode ser negado

A discrição dos calados

Que vêem nos olhos os sonhos alheios

Os suspiros das donzelas, o fogo dos jovens, a falsa pudicícia da viúva, o desejo do monge

Trago comigo

A certeza do correr do tempo mesmo estando parado

A criação de rugas sem realizar expressões

A acessão de que tudo que existe é uno

A felicidade de participar desse universo que parece louco

Mas, funciona como um relógio suíço.


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Home e anjo.

Home e anjo.


Seja luz na escuridão

Seja presença na solidão

Seja irmão na desunião

Seja justo na discórdia

Seja honesto nas propostas

Seja alegre frente à vida

Seja sorriso na tristeza

Seja amor na hora do ódio

Seja forte na luta

Seja sábio nas disputas

Seja silêncio na balburdia

Seja limpo na imundícia

Seja home e seja anjo

Ainda agora

Quando tantos precisam.


domingo, 17 de maio de 2009

Toque minha alma

Toque minha alma

Toque minha alma

Antes que ela se vá

Antes que se perca em descaminhos

Antes que lhe apodreçam os sonhos

E não lhe sobre mais luz.

Toque minha alma

Para que ela sinta o amor

A compreensão de outra alma

A vida que pulsa em outro ser

E possa também viver.

Toque minha alma

Para que ela se ilumine

E torne-se estrela no céu escuro

Farol e não perdição.

Toque minha alma

Para que eu toque a tua

E caminhemos pelo tempo e espaço

Sem fim ou começo

Como sempre foi

E continuará sendo.


sábado, 16 de maio de 2009

Meu canto.

Meu canto.

Criando estou um canto

Só para mim

Egoisticamente

Nele nenhuma alma humana

Há grandes árvores, pinheiros, flores

Imensos pássaros cortam o céu

Ziguezagueando o ar rarefeito

Veados banham-se no límpido rio

A grama cresce sem ferir pés descalços

E um grande ser de Luz está sempre lá

Esperando-me

O ar é puro

Os raios do Sol penetram entre o arvoredo

Criando linhas de luz

Eu caminho livre

Eu sou eu

Uma criança

Que cresce enquanto anda

Para a clareira da cura

Da minha alma.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Homem esquecido de si.



Encontrei no fundo do baú

Um desenho de um homem nu.

Feito há tanto tempo

Há tanto tempo esquecido.

De fortes braços,

Mãos grandes,

Grandes olhos fechados,

Caído, desnudo,

O cabelo em desalinho.

Não parecia um homem perfeito.

Mas, parecia o homem ordinário.

Que se arrasta pelas ruas das cidades

Sem destino,

Sem amparo,

Sem ternura,

Sem ciência de si,

Como ser uno, único, incomparável,

Obra Divina

Esquecida de si mesma.

(Arte: http://zemariaguerra.wordpress.com/)



quinta-feira, 14 de maio de 2009

Por melhor que faça



Por melhor que faça

Ainda não faço como o desejo

Libertar-me

De anseios, medos, sonhos

Tudo que não controle

Até mesmo o controle

Entregar-me ao Cosmo

Completamente

Viver despreocupadamente

Sabendo que virá

O que necessito e não o que almejo

Enquanto não consigo

Fico presa a minha angústia

A minha infelicidade

De buscar e não ter

De ter e não ser...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Minhas palavras

Minhas palavras

Minhas palavras soltas ao vento

Voam longe

Mas, ninguém escuta

Ninguém ouve

Ninguém presta atenção

Não cai em terra

Não vira semente

Caule, folhas, frutos

Morrem e diluem

Sem deixar vestígios

Marcas, riscos, trilhas

Parecem feitas para mim

Por mim

Somente aos meus ouvidos tocam

Ao meu coração emocionam

Ao menos quando as ouça muitas vezes.


terça-feira, 12 de maio de 2009

Canto de anjos


Canto dos anjos.

Cantem

Encham de sons divinos todos os cantos

Encantem os homens nos seus sonhos

Faça-os se encontrarem nesses cantos

Que não tem palavras

Não ensina

Não conduz

Não impinge

Não molesta

Não impõe

Só toca cada alma

Com sua beleza

Sua magnitude

Sua angelical gentileza

Inundando de amor

Aqueles que lhes conseguem ouvir

O coro celestial.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sinais do tempo.

Sinais do tempo.

Quando não se oferece ajuda,

Não se oferta auxilio,

Deixa-se para trás sem remorso,

Descuida-se dos velhos,

Descura-se das crianças.

Esquece o bom dia,

O muito obrigado,

A gentileza morre,

O eu tem que ser sempre o primeiro;

Na fila do banco,

Na sala do médico,

No número de posses,

Na mesa do banquete,

No caderno social do jornal.

O corpo bem vestido,

Com a melhor grife,

O melhor tecido,

Banhado com o melhor perfume,

Cheio de cremes importados,

Pés acomodados em couro de jacaré.

E a alma cheia de si.

Cheia de erros.

Cheia de chagas.

Cheia de sombras.

Vagueia entre a estultícia e a perda da sua Luz.


domingo, 10 de maio de 2009

O ser que sou

O ser que sou

Paciência infindável

Bondade inabalável

Fé viva

Crença forte

Ajuda a caminho

Carinho

A que não julga

Beleza pura

Cristalinos olhos d’alma

Perfeição

Como fui criada

Imaculada

Branca, alma brilhante

Em meio aos nossos dejetos repugnantes

Ódio, desprezo, orgulho, egoísmo

Passar incólume por isso

E ser o que sou

Puro espírito radiante.


sábado, 9 de maio de 2009

Em minha maturidade

Em minha maturidade

Em cada ruga ganha na vida

Em cada cicatriz

Nas mãos que ressecaram

Envelheceram riscadas por azuis rios de sangue

Tremulando mais e mais a cada dia.

Nos olhos baços

Cansados

Quase fechado pelo peso das pálpebras

Que se apertam frente à luz.

No corpo frágil

Flácido, de músculos semimortos

Alquebrados pelo tempo

Lento, lerdo, em quase intermináveis gestos.

Nas pernas cansadas

Dos caminhos da vida

Das grandes subidas

Das íngremes montanhas.

Na minha maturidade

Na minha velhice

No coração senil

Sobrevive um anjo criança

Que se espanta a cada nascer do Sol

Encanta-se com as grandes Luas amarelas

Arrebata-se em noites cheias de estrelas

Treme ao som dos ventos

E crer firmemente em fadas, duendes, gnomos

E no Grande Espírito que tudo permeia.

E torna anciã plena de contentamento de poder participa

Do show da vida.




sexta-feira, 8 de maio de 2009

Se o mundo fosse uma bola

Se o mundo fosse uma bola

Rodaria o mesmo sem parar,

Para que as pessoas que cá estão

Ficassem tontas de montão.

Embaralhassem suas idéias.

Perdessem as mais pesadas.

Que lhe escorreriam pelos ouvidos.

Por um tempo ficariam caladas.

Sem saber o que falar.

Sem perceber o certo ou errado

Sem querer vantagens levar.

Ficariam as idéias simples.

De amar, cuidar, tratar.

A certeza de que dando só há a ganhar.


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Por um fio.

Por um fio.

Há em mim e em ti, um fino, tênue, quase invisível fio de esperança

Que segura uma parte da teia da vida

Que espero não rompa nas tempestades

Não quebre frente às forças contrárias

Que brilhe pela manhã com o Sol e o orvalho.

Um fino, tênue, quase invisível fio de vida

Que sustenta os que estão no desalento

Os que peregrinam pelas estradas sem destinos

Que se perderam em suas mentes

Que não se reconhecem.

Um fino, tênue, quase invisível fio de vida

Que segura à mão posta a agredir

A boca pronta a gritar

Que baixar a arma antes de disparar.

Um fino, tênue, quase invisível fio, tão frágil

Que acalenta o amor ao diferente

Que ensina a respeitar os que te agridem

Que te leva a calma e tranqüilidade meio a tempestade.

Um fio, tênue, quase invisível

Manipulado por Deus

Para iluminar sua criação.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Não importa.

Não importa.

Não importa teu abraço frio.

Mãos esquálidas sobre meus ombros.

Sombra negra sobre os meus olhos.

Teu riso de escárnio.

Minha única certeza.

É que realmente não existes.


Não importa.

Que me leves pelas brunas do esquecimento.

Feche-me as portas dessa vida.

Não, não importa.

Dói-me, entretanto a saudade que deixo.

A saudade que levo.

As lágrimas que insistentemente se revelam.

Em olhares tristes e maculados.

Pelo falso sentimento de perda irreparável.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Espelho ou eu?


Máscaras.

Na ânsia da vida me ponho

Em busca da tal felicidade

Corro.

Querendo alegria

Disponho-me

A ser o que não sou.

A ser outro que não conheço.

A ser alguém que desconheço.

Para ser amado, aceito, com respeito.

Troco máscaras variadas

Pernas e braços que não são meus.

Palavras que falo e não digo.

Para ter um amigo.

Um amor, um aconchego.

Só quando olho no espelho

Vejo um ser interessante.

Parece um quebra-cabeça

E me vem à mente nesse instante

Que aquela peça sou eu.




segunda-feira, 4 de maio de 2009

Todas as possibilidades



Todas as probabilidades

Todos os caminhos

Todas as encruzilhadas

Todas as escolhas

Todas as ações

Todas as negações

Todas as suposições

Todas as tentações

Todas as quedas

Todas retomadas

Todas as dores

Todas as alegrias

Todas as agonias

Todas as romarias

Todas e tudo valem a pena

Para sentir

A Ti.


domingo, 3 de maio de 2009

Ah! Meu coração por que insistes?

Ah! Meu coração por que insistes?

Tanto tempo que buscas.

Que procuras um sentido.

Que cismastes que esse é o amor.

Que s desses a tantos.

E mais, e mais a outros.

Que te abristes para o mundo.

Que fosses então pisoteado, machucado, abandonado.

No entanto, continuas e não paras

Teu frenesi da mente te separa

E vives sangrando de agonia

Por em cada vida está só

Sem companhia.

Alienado da vida comum

Alquebrado pelos teus esforços

De amar sem ser amado

De tua resistência insana

Pela qual tua choras e sangras

Mas, não desistes da busca da felicidade.

sábado, 2 de maio de 2009

Cantem

Cantem!

Cantem!

A glória do Senhor!

Cantem o Sol que nasce

As nuvens vermelhas no céu rasgado

O voou das gaivotas

A paz do silêncio

O grito de alegria

A beleza infinita de tudo

O sorriso, o riso, o gargalhar

Olhos que brilham

Presentes que chegam

Pessoas que partem rumo ao futuro

Pessoas que aguardam esperançosas

Homens que amam

Mulheres que dão a luz

Cantem!

Cantem!

A glória do Senhor!

Em todo o seu esplendor!

Em cada criatura!

Em seu coração!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Nosso amor...


Nosso amor é diferente

Estranho, alheio, curioso.

Não aceito.

Não compreendido.

Enrustido, escondido, ocultado, ignorado.

Reprimido, repreendido, retalhado.

Nosso amor é diferente.

Não na cor,

No sabor,

Na alegria,

Ou na dor.

Nosso amor é diferente.

Do que os outros esperam, acham, desejam.

Mas, é amor.

Como todo amor que flui na vida.

Esperança,

Paz,

Alegria,

Contentamento,

Júbilo.

Nosso amor é diferente.

Mas, existe,

Resiste e insiste.

Em ser amor.

Como todo amor que sente.

Qualquer tipo de gente.