domingo, 22 de março de 2009

Nós.

Do passado o que resta?

Lembranças opacas, nebulosas, empoeiradas.

Quase esquecidas pela mente senil.

Mistura do que foi e do que eu quis que fosse.

Sonhos em retalhos.

Roídos, rasgados, esmiuçados.

Rotos, amarrotados.

De tanto serem sonhados.

Realidade ou sonho.

Lembranças ou criação.

Não importa.

Tudo dói ao coração.

Machuca, massacra, entristece.

Tantos se foram.

Tantos sumiram.

Tantos se perderam na história.

Fiquei eu.

Eu somente.

Com minhas lembranças.

Com todos meus nós.

Feito criança.

Desamparada e só.

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