quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Novo ano.





Não sei Senhor se...

Esse ano que inicia me trará muitas alegrias.


Não sei Senhor se...

Terei minha face corada pelo riso, sempre presente no meu dia-a-dia

Meu corpo ficará saudável.

Sem dor, doença, cansaço que o maltrate.


Não sei Senhor se...

Minha família estará sempre presente, unida, inseparável.

Meus filhos ao toque dos meus braços.


Não sei Senhor se...

Terei o pão farto à mesa.

No banco dinheiro pras despesas.


Não sei Senhor se...

Terei lucro nos negócios

Clientes satisfeitos com meu trabalho.


Não sei Senhor se...

Se todos que amo continuarão comigo essa jornada.

Passo a passo nessa estrada.

Que trilhamos para crescer.


Não sei Senhor qual o meu destino

Contudo, Pai

Diante do presépio

De Jesus menino

Agradeço desde já por tudo que tenho.

Entrego em tuas mãos a minha vida sem receio.

Pois, sei que dentro do Teu seio, só há amor.


Para todos que visitam esse blog

Feliz 2010! Nos braços do Senhor.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Nascer, viver, morrer...


Nascer, viver, morrer...
A roda gira, gira, gira.
A roda da vida não para.
Não estaciona segundo nossos desejos.
Mesmo que tudo no momento pareça esta perfeito.
A felicidade aninhada em nosso peito.
Tudo azul.



A roda gira, gira, gira.
Não estaciona segundo nossos desejos.
Continua em seu movimento lerdo ou rápido
Trazendo e levando o que se espera e o inusitado.
Um vai-e-vem de gente, situações, vivências.
Desejadas e não desejadas.


A roda gira, gira, gira.
Não estaciona segundo os nossos desejos.
Escorrega entre nossos dedos o que amamos.
Afasta-se repentinamente, o que tinha vindo, e nós odiamos.
Uma total falta de controle. 
Pensamos.

Esse é o engano.
Traz-nos a roda da vida o que plantamos.
Doce ou amarga.
É a colheita do que fizemos e somos.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Hemorragia.



Sangra meu coração

Nesta vasta terra

De perdição de amor e guerra.

Entre os latidos dos cães

E as vagas promessa.

Dos crentes de Deus

Descrentes de si.

Entre as dores do mundo

E as delicias da alma.

Perdida em cada esquina

Minha calma, meu ser.

Em vão lamento docilmente

A minha loucura intransigente

De buscar-te eternamente

(se preciso for)

Até estar sob a sombra do Teu amor.

Estancando minha hemorragia de dor.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Nova máscara.


Quem sabe estão a minha procura?

Sem saber onde estou.

Nem mesmo quem sou.

Vestido novo, nova roupa.

Ontem malandro.

Hoje doutor.

Ontem ébano.

Hoje neve.

Ontem sutil.

Hoje carne.

Quem sabe me procuram?

Os antigos amores...

Ou os meus cobradores...

Mas, a carne encobre minha face.

Destituída do antigo formato.

Diferente por fora.

Igual por dentro.

Vou por essas estradas.

E não lamento.

Agradeço mesmo com dor

E saudade de antigas paisagens.

Por essa nova máscara.

Por essa nova imersão na carne.

Para fazer brilhar a minha luz.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Lamentos


Lamentos

Ouço a toda hora.

A dor pronunciada de quem chora,

A morte,

A vida,

O hoje e o outrora.

Lamentos.

Dos que fingem para si mesmo

Que não merecem,

Que não deviam sofrer o que não os apetecem,

Que ignoram sua ignomínia.

Lamentos.

De tantos,

De todos,

De alguns.

Que procuram a Luz

Em poços escuros

De poder,

Riqueza,

Perdição.

Lamento.

Por todos que ainda

Não perceberam

Que a Luz brota em todo rincão.

Que não está lá fora.

Não estar cá dentro.

Que Ela existe na terra e no firmamento.

Iluminando,

Aquecendo,

Amando,

Curando,

Calando,

Todos os lamentos.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal.


Para você.

Seja feliz.

Seja alegre.

Seja você.

Ame-se.



Seja um natal.

Que invade carinhosamente o mundo.

Que renova esperanças.

Acende luzes.



Cristo nasce todo o dia.

Nasce para você.


Estar em você.

Distribuir o amor que o rei menino te presenteia.


Consiga perceber todas as graças que recebes.

Agradeça por isso.


E seja feliz...

Neste e em todos os natais.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tenho saudades


Tenho saudades
Dos olhos de criança que eu tinha
Que via o mundo do outro lado do prisma.
Onde tudo era mais cor.
E a luz inundava todos os cantos.
A alma caminhava mais livre no olhar.
Sem máscaras a retirar
Quando corajosamente ia se apresentar.

O meu olhar
Não tinha sido umedecido por tantas lágrimas
Sofrimento não sabia enxergar.
Via alegria, magia, amor.
Mesmo presente a dor.
Tenho saudades
Dos olhos de criança que eu tinha
Que via o mundo do outro lado do prisma.
Hoje trago sombras aos olhos.
Sombras coloridas por sombras.
Pelo pó da vida.
Pelas cores baratas de maquiagem.
Que tentam esconder a sombra
Do medo, da dor e da falta de prazer
Que teimam, por trás das máscaras, aparecer.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Belo e adormecido.


Belo e adormecido.

Onde anda meu rei?

Meu príncipe antigo.

Que cavalgava belo alazão branco

De roupas de cetim rubro e dourado.

Lutando contra os dragões

Desafiando feitiços

Cercas de enormes espinhos

Galgando torres de branco mármore

Enfrentando piratas em desafios.

Em minha busca

Jovem, sonhador, apaixonado nobre.

Príncipe querido.

Perdeu-se nas estradas?

Nos meus descaminhos?

Nos nós da vida?

Na minha falta de carinho?

Ou simplesmente cresci?

Guardando meu príncipe menino

Numa caixa de papelão e sonhos

Em algum lugar

Onde permanece esquecido.

Do amor, como a Bela, adormecido.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Luz no mundo.



Luz no mundo

Repelindo as trevas da ignorância.

A dor de sentir-se sozinho.

Luz no mundo

Ao anoitecer na hora dos ângelus

No canto dos anjos marianos

Trazendo, por minutos, paz ao sul do cruzeiro.

Luz no mundo

Quando alva estrela

Independente

Estacionou nos céus de Belém

E da virgem imaculada

Nasceu o rebento da paz.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Festa ao rei.


Festa ao rei.

Nasceu em Belém um menino

Uma estrela anunciou

O rei que a Terra chegava

Semente de Deus

Semente que se espalhou

Trazendo nos olhos

No corpo

No sorriso

Nas palavras

Nos atos

Só afeto

E nessa data imprecisa

A humanidade se inspirou

Criando a festa natalina

Em homenagem

A Jesus

Nosso Mestre de amor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Quem é?




Quem é?

Quem chora?

Quem chora em meu peito?

Que olhos marejam em minha alma?

Quem é?

Quem sente a dor que sinto?

Ou sinto a dor de quem?

É quem?

Quem se entristece?

Quem me amolece de cansaço?

Quem parte meu coração em pedaços?

A mim causa comoção.

É tu irmão desconhecido

Jogado a calçada


Faminto

Esfarrapado

Esquecido

Revoltado.

Esperando de mim ou de outro

Um pouco, um pedaço

Do que aos teus olhos temos

E não dividimos

Sendo nossa falta de caridade e atenção

A fonte que alimenta tua desgraça e solidão.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Males.


Males.

Agradeço pelo Sol

Que queima minha pele

Faz-me sentir calor

Mancha minha curtis

E alimenta a vida no planeta.

Agradeço pela chuva

Que arrasta as barreiras

Derrubas casas

Trás destruição

Sem a qual não sobreviveriam as matas.

Agradeço ao ser humano

Pelas guerras

Pela destruição do planeta

Pelo “fim do mundo”

Sem o qual não pensaríamos em construir algo melhor.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Personalidade, alma, espírito.




Mais um dia.

Só mais um dia e consigo

Deixar para trás

Esse inimigo

Chamado eu.


Que me envolve em teias de perigo

Que egoisticamente conta comigo

Nas suas loucuras, no seu breu.


Chora, berra, contagia

Minha alma com essa energia

De só meu, só eu, é meu.


E Eu honesto peregrino

Retalho essa alma e esse menino

Para que sentindo a dor

Busquem-me realmente.


E então, amorosamente

Possa tomá-los em meus braços puros

Em Luz de espírito imaculado.


Transformado meu eu e minha alma

Em parceiros, de viagens, desejados.

Esquecidos do mal praticado

Eternamente ao bem devotados.


sábado, 12 de dezembro de 2009

Almas perdidas


Almas perdidas

Arrebatadas

Pelas trevas internas

Arrasadas.


Almas escuras

Sombras nas noites

Vampiros, demônios

A assustar.


Nos sonhos medonhos

Reis de todo mal

Purulentos e fétidos

A empestar.


Pequenas crianças

De terror a brincar

Enquanto a Luz

Não os tocar.

Psicografado em 08/12/2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pressa.


A pressa em caminhar levou-me a esquecer de Ti. Havia tanto a fazer...

Às conquistas do adolescente, da criança tornando-se homem. Corri, corri atrás dos estudos, do bom emprego, do melhor salário. Transformei minha vida numa subida, em uma escada sem fim, dezenas, centenas, milhares de degraus a serem transpostos, galgados.

Existia algo a mais a desejar; uma nova casa, num bairro mais nobre, o carro do ano, o carro importado, o carro de colecionador. Os melhores ternos, os bons restaurantes, as viagens, o inusitado.

Não havia tempo para Ti. Não fazias parte dos meus planos, dos meus sonhos, dos meus objetivos.

O ter era urgente, o competir pelo melhor que a vida podia dar.

O tempo esse inimigo invisível e cruel, contudo, agia nas sombras. Através das células do meu corpo, que envelheciam, degeneravam, adoeciam. Entrevando meus ossos, minhas juntas, os cabelos embranquecidos caíam, as rugas preenchiam meu rosto e meu corpo. Em nada que eu tinha encontrava o prazer antigo ou a paz.

Finalmente, veio o fim, a morte, o ir.

Minha riqueza dilapidada já não podia usar, outros gozavam do que criei e conquistei.

Agora eu estou aqui, só. Todos se foram. O abismo entre eu e o mundo é profundo.

Hoje me lembrei de Ti e estou aqui ajoelhado pedindo, implorando. Os olhos marejam, a voz cala, o coração pela primeira vez fala:

“Senhor, meu Deus, perdoa-me o esquecimento, não se esqueces de mim como me esqueci de Ti. Estenda-me Tua mão”.

Psicografado no Grupo de Educação Mediúnica da Casa Espírita da Fraternidade Guillon Domênico.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Poemas


Poemas existem para alegrar

Sorrisos trazer, alegria gerar.

Que falam de amor

Eternos de doces

Que não se destroem mesmo em dores.

De grandes heróis

Gente estupenda

Belos exemplos de como viver na senda.

Poemas existem que fazem pensar

Que trazem lágrimas ao olhar.

Falam de tristeza, dor e agonia

Parece tirar de nós a alegria.

Mostram o mundo

Feioso, escuro e tenebroso.

Não nos deixa saída.

Poemas existem para alertar

Que cá nesse mundo

Unido estão a dor e alegria

O fardo e o alívio

A luta e o descanso.

Que existe um fim para cada começo

E novo começo para cada fim.

Esses são os poemas que escolhi para mim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Onde estar o amor?



Onde estar o amor?

Muitos nesse mundo perguntam:

Onde estará o amor?

No meio de tanta feiúra,

Em meio a tanta dor,

No império da luxuria,

No deserto do terror,

Em meio às falcatruas,

Dos governantes infelizes,

Na mão estendida do faminto,

Na mente que maquina o mal,

Nessa gente desonesta, sem igual,

Nessa criança que mata e rir.

Onde estar o amor?

Repondo-te

Em mim,

Neles,

Em ti.

Só que calado,

Abafado,

Maltratado,

Sufocado,

Alijado da vida.

Para que não pareçamos tolos

Aos olhos dos homens.

Enquanto escurecemos

Aos olhos de Deus.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Quem dera...



Quem dera na vida

Ter passado ao largo

Não ter me envolvido em nada, em algo

Sem plantar sementes

Que me dariam frutos.

Quem me dera ter sido sábio

E me afastado do mundo

Com suas lutas inglórias

Com o seu pesar profundo.

Quem me dera ser uma sombra

Enquanto ai estava

E ter agora o brilho

Que da minha alma não escapa.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A última oferta.



Esta é minha última oferta

Minha última palavra.

Aceitas tua dor agora

Não murmuras e te calas.


Não vês que te complicas?

O rabujo de tuas falas,

Os teus gestos profanos

Que nem a ti acalmam.


Se jazes na lama do mundo

Escolhestes livremente

Preferiste a dor futura

Do que a dor presente.


Estou agora de volta

A te propor negócio.

Volta a nascer meu amigo

E não te reprovas nos caminhos.


É uma nova chance

É uma nova vida,

Aproveita essa oferta

E pela dor cura da tua alma as feridas.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Buscando tesouros



Busco-te

No recôndito da mente e da alma.

Procuro-te ávida

Como um peregrino no deserto

Busca o oásis.

E a mulher

Seu grande amor.

A criança sôfrega

O seio materno.

A Lua

O Sol.

Parecendo uma eterna caça

Onde estamos quase cegos para os frutos

E a compreensão

De que não é a chegada o mais importante

Mas, os caminhos que abrimos

As trilhas que deixamos

Os passos que demos

A viagem

Não a pousada.

A procura

E não o tesouro.

Que sempre esteve em nós.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sou louca


Sou louca

De riso solto

Aberto para tudo

Que para outros não é nada.

Sou louca

Pelo azul em cima

O verde em baixo.

Sou louca

Capaz de parar

Parar o Sol que nasce

E a Lua que desponta.

Sou louca

Por falar com cães de ruas

Sarnentos e sujos.

E seres que parecem humanos.

Sou louca

Por ver passar os considerados mortos

Dirigi-lhes um bom dia

Um sorriso.

Sou louca

Por insistir

Tantas vezes ache necessário

Mesmo com os sinais apontando o contrário.

Sou louca

Pela fé

Que serei atendida

Em todos os meus desejos

Mesmo aqueles que já não interessam mais.

Sou louca

Por acreditar em mim mesma

Pensar que sempre posso ser melhor

E crer num ser

Que tem um trono

Assentado no centro da minha alma.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Retorno.


Retorno.


Recebes com afeto essa flor

Linda peça natural

Criada no campo

Sob o vento, a chuva, o Sol, a Lua.

Colhi para te ofertar.

Um ato de amor.

Ela não é magistral

Como as que se encontram em estufas

Adubados com produtos de alta qualidade

Regadas no tempo certo

Podadas para crescerem perfeitas.

É a mais simples flor.

Que sela um amor

Uma amizade.

Que fala verdadeiramente

Para ti de minha saudade.

E te promete

Na tua vida

O meu retorno

A tua liberdade.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pesar.



Sei que ainda pulsa em mim...

O ódio,

O sensualismo,

O egocentrismo,

O pedantismo.

A inveja,

A maldade,

A falsidade,

Que abaixo dessa máscara amiga

Esconde-se uma armadilha

Que pode te ferir

Que pode magoar

Até te destruir.

Nessas mãos você encontra

A faca que assassina,

O bisturi que desfigura,

O acido que corroí.

Nos meus passos e caminhos

A rota do erro,

O caminho sem volta,

O beco sem saída.

Sim, sei de tudo isso.

E luto a cada momento

Para transformar todos esses instrumentos de dor

Em amparo e amor.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bezerra.


Por que nos chamas?

A Ti não pertencemos!

Não podemos te pertencer.

Vivemos em erro,

Nas mãos sangue,

Nos corações ódio,

Nas mentes malicia,

Nas almas vingança.

Não vês?

Não brilha nossa luz.

Somos sombras.

Entre tantas sombras que cá estão.

Perdidas na própria escuridão

Criadas por cada um dos nossos pensamentos, atos, palavras e omissões.

Não nos olhe com esses olhos de amor.

Nem estenda suas mãos que a tantos curou e ajudou.

Reconheço-te das figuras dos livros,

Das histórias de socorro aos pobres,

Da tua miséria no seio humano,

Da tua sabedoria em orientar,

De tua doação impar, infinda.

Mas, somos apenas sombras.

Vai-te Menezes!

Não estamos preparados para ti.

domingo, 29 de novembro de 2009

Quando chega a noite


Quando chega a noite

Com seus sons soturnos,

Sabe-se lá de onde oriundos

Caminham pedestres moribundos

Pelos cantos das ruas

Submundos

E a noite avança assoberbada

Com gritos, gemidos, facadas

Dos seus filhos e filhas

Por ela abandonados

Em plena madrugada.

sábado, 28 de novembro de 2009

Plantei uma rosa



Plantei uma rosa

Que não era rosa

Sim, vermelha rubra.

A cada dia esperava

Contava cada nova folha,

Cada novo galho,

Verde, tenro, frágil,

Estendendo-se para o Sol.

Tremulando ao menor vento,

Secando ao menor calor,

Sentindo, sabia, quando eu lhe faltava.

Nasceu rubra rosa rubra.

E durante algum tempo participei de sua vida.

Contudo, tão pequena

Tão ínfima,

Tão rápida.

Foi-se minha rosa,

Meu anjo,

De faces rubras,

Lábios rubros,

Que sentia, eu sabia, quando eu lhe faltava.

Minha Rosa...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bom é...


Bom é...

Sempre estar confiante,

Pleno de contentamento,

Sempre pronto a ajudar,

Lutar por alto ideais,

Não desistir dos sonhos,

Acalentar eternamente a esperança,

Seguir fazendo o bem sem olhar a quem,

Nunca se irritar,

Jamais machucar o que quer que seja,

Não exterminar vidas,

Não magoar,

Eternamente perdoar,

Amar sem fronteiras de cor, credo, opções de vida.

Sê bom

É já não ser humano

É ser um ser angelical

No lodo terreno

Da mentira, da dor, do sofrimento, do escárnio,

Do engano, da luxuria, da desonestidade, do mal.

E mesmo assim continuar

Apesar de tudo, de todos os ferimentos

A preferir a bondade.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bastava...


Não queria ser um demônio

Esse ser abjeto

Odiado

Temido

Assustador.

Não, não queria ser um diabo

Escuro, vermelho, escarlate

Violento, falso, ardiloso.

Não desejei ser um anjo do mau

Causando desgraças

Destruindo a Terra

Criando guerras

Assassinando crianças

Atormentando idosos

Trapaceando nos cofres públicos

Estrupando, bolinando, estripando os pequenos filhos.

Não, não desejei ser um príncipe das trevas

Odiado por todos

A culpa dos males

O causador do fim dos tempos.

Bastava-me ser humano.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Que o hoje fosse ontem


Desejo que o hoje fosse ontem

Não, o ontem, ontem.

Mas, anteontem

Transontonte.

O ontem antigo

Ontem que do qual não existe nem poeira

Ontem varrido pelo tempo

Espantado do relógio

Sem mais tic-tac, tic-tac.

Ontem

Quando eu era mais feliz

Os olhos que hoje triste fitam o ontem

Olhavam ainda com olhos de alegria

De leveza d’alma

Admiração pela vida.

Ontem se foi

E com ele levou tantas coisas de ontem

E hoje, já não como ontem

Choro, triste, a dor de cada dia.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nada te pedi que não me deste

Nada te pedi que não me deste

Não no momento desejado

Mas, no Teu tempo.

No tempo certo.

Contudo, eu homem mutável

Já tinha esquecido o desejado

Não sendo mais um presente

E sim um atrapalho.

Estou enfim a aprender

A pedir o menos possível

A fazer minha parte com alma

Alma e amor disponível

Deixando a Ti os resultados

Que podem ser meus desejos realizados

Ou tua Sabedoria materializada.

Agradeço.


Agradeço pela escuridão, negra e espessa.

Traiçoeira e palpável.

Só assim, posso conhecer a Luz

Brilhante, infinitamente soberba.

Agradeço pela dor.

Que rasga a alma corrompe a mente, destrói o corpo.

Só assim, posso saber o que é estar bem.

Sentir saúde, vitalidade, força de vida.

Agradeço pela tristeza pesada, carregada, densa.

Que libera minhas lágrimas pérolas da minha alma.

Agradeço pelo tropeço, pelo azar, pela traição, pelo desconforto.

Agradeço por tudo que incomoda.

Pois, faz-me reconhecer

Que só em teu regato

Em tua torrente de amor

Posso descansar

Posso dormir

Posso ir

Sem sofrer.

domingo, 22 de novembro de 2009

Como colibri


Como colibri

Em bailado rápido e aparentemente insano

De flor em flor.

Um pouco do néctar da vida

Sugado delicadamente.

Como colibri

Frágil,

Pequeno,

Maravilhoso.

Num vai e vem constante

Aparecendo e desaparecendo

Como por encanto.

Quando desejo que permaneça,

Sob meu olhar amoroso,

Admirado,

Estupefato.

É tu irmã inspiração.

Para mim

Um arremedo de poetisa.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Conselhos.


Nunca dê importância a nada que não tenha real importância.

Se tomares por irreal tudo aquilo que não é eterno verás que todas as coisas são efêmeras e passageiras.

Dessa forma nada poderá te tirar dos trilhos do equilíbrio.



Sejas verdadeiro. Mesmo que isso te custe amigos. Pois, caso fossem verdadeiros amigos não te abandonariam ao primeiro sinal de não aceitação dos seus atos.
O receio ou medo é um sentimento necessário à auto preservação que tem por resultado a precaução nos atos. Contudo se o medo e o receio te privam da ação necessária abandona- os. Pois, se tornaram um entrave ao desenrolar da tua história de vida.



Aceite teu parceiro de caminhada como ele é. Saiba que não poderá mudá-lo em nada. As mudanças ocorrem de dentro para fora e nunca ao contrário.

A paz se consegue com luta. Luta interior para não ser sugado pelo egoísmo exacerbado.


Pensar em si mesmo não é um erro. Pensar só em si o é. Pois, esquecemos que vivemos interdependentes e ao colocarmo-nos acima de tudo criamos desarmonia no tecido social que irá nos afetar cedo ou tarde.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Morreu?


Passa o préstito fúnebre

Pelas ruas ainda quase escuras

De cor azul celeste

A cama que acolhe

Anuncia a morte de um anjo

Coberto de lágrimas

Acompanhados por adultos em choque

Pela revolta de quem na terra vive

Pela loucura da mãe

Pela dor do pai.

E atrás desse lúgubre cortejo

Dezenas de crianças

Lindas e perfeitas.

Outros anjos.

Fazem algazarra de felicidade.

Pelo retorno da irmã querida.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

De um para outro.

De um para outro.

Da morte todos escapam

Da passagem não.

No vazio, silencioso do limbo nada existe

Nas diversas moradas do Pai a vida pulula.

Nas grutas infernais, no abismo, no umbral abre-se o caminho de passagem

Para paisagens de belezas impares.

Da dor, do desespero, da loucura, do mal

Nasce o arrependimento.

Que eleva a alma do lodo fétido da consciência intranqüila

A Paz Divina do Celeste Pai.


Maria Ave!


Maria Ave!

Na solidão

Preenche meu coração

Pulsa minha emoção

Desaparece com minhas ilusões.

No desespero

Tua mão

Pousa sobre minha mente

Acalma o mar revolto dos pensamentos

Afastas as rochas dos impedimentos.

No frio desespero

Cobre-me com teu manto

Aquece-me

Conforta-me.

Faz-me te amar

Cada dia mais

Teus cândidos olhos

Teu sorriso perfeito

Tuas finas mãos

Teus pés descalços que pisam a serpente

Teu coração Imaculado.

Ave Maria!

Ora pro nobis!



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ave Maria

Ave Maria

Que doa sua vida aos filhos.

Ave Maria dos regatos.

Ave Maria

Em simplicidade de vida

E poucos desejos.

Em cheia de amores

Espalhando-o por onde passam.

De boca magnífica

Que ora

Na hora dos Ângelus.

Ave Maria

Das Graças que se doa...

Do Socorro que supre...

Da Concepção que cria um lugar melhor...

Do Auxilio que ajuda...

Da Paz que tranqüiliza...

Das Dores que santifica...

Ave Maria

Ora pro nobis!

domingo, 15 de novembro de 2009

Não me jogues a primeira pedra.


Não me jogues a primeira pedra

Não atires a lama que suja

Não fales do que realmente não sabes

Não dê ouvidos a todas as palavras

Palavras podem ser vãs

Mentiras

Malogros

Enganos

Falsidades

E terás tua alma embotada em tua Luz

Pela falsa crença no que não foi

No que não aconteceu

No que não houve

No que pensaram que se deu

E em tua ânsia de falar

Sem meditar no que dizes

Condenarás a mim e a ti

As dores que poderiam ter sido inexistentes

sábado, 7 de novembro de 2009

Engana-te


Engana-te

Realmente aqui não vim para isso

Não te tiro o que é teu

Tua colheita ti pertence

Em cada grão, caule e folha.

Não gostas dos resultados?

Nada posso fazer

A não ser esperar tua próxima

Semeadura

Com certeza escolheras melhor os grãos:

Verdade ao invés de mentira,

Apoio ao invés de censura,

Proteção ao invés de abandono,

Cuidado ao invés de descuidos,

Paciência ao invés de intolerância,

Amor ao invés de ódio.

Não te enganes

Minha cruz, minha vida, minha morte,

Foi só para te mostrar o caminho

Não te obrigo a segui-lo

Só te espero um dia.


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mãe Divina.


Mãe Divina.
Mãe Divina estende tuas mãos sobre nossos opróbrios.

Que a Tua Luz ilumine esses corações que sagram de remorsos.

Piedade Virgem Santíssima por todos aqueles que esquecidos dos ensinamentos do vosso filho,

Dos seus tormento e dores

Passaram a vida no mundo imaginário dos prazeres.

Apieda-te Senhora de todos nós.

Que rogamos, suplicamos a Tua ajuda para minorar nossos sofrimentos.

Rogue por nós Senhora Mãe de Deus.

(Psicografado)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Se eu ouvisse as vozes dos anjos

Se eu ouvisse as vozes dos anjos
O que me diriam?

Pediriam algo
Que me fosse impossível realizar?
Como ser perfeito.

Se eu ouvisse as vozes dos anjos
O que me diriam?

Que sou responsável
Por mim, pelos outros, pela Terra?
Por tudo que cruza a minha vida.

Se eu ouvisse as vozes dos anjos
O que me diriam?

Felicitariam minha caminhada
Em busca de mim mesmo?
Mesmo sem ter me encontrado.

Se eu ouvisse as vozes dos anjos
O que me diriam?

Que meus segredos mais bem guardados
São jóias de vidro.
No baú de Deus.

Se eu ouvisse as vozes dos anjos
O que me diriam?

Possivelmente enlouqueceria
E voaria sem asas
Nos recantos da alma.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Eu Homem.


Eu Homem.

Que brilhe a Tua Luz em mim.

Que Teu acorde sublime todo o meu ser.

Que seja o encanto da minha existência.

Que não me pese os pecados pelo Teu perdão.

Que minha fúria odiosa não te aflija o peito.

Que meus maus feitos não te crave outros cravos.

Que de joelhos, eu homem, aos pés da tua cruz

Peça-te perdão.

(28.07.2009. Sem identificação espiritual. Psicografia).

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quando o amor...


Quando o amor

Faz-nos sofrer

Dói

Amarga

Estanca o prazer da vida

Enjaula na solidão

Acaba com a paz

Enlouquece

Retira de nós a felicidade

Abandona-nos

Destrói-nos

Destrona-nos dos sonhos

Não era amor

Era ilusão

Dos solitários.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bate à tua porta o passado


Bate à tua porta o passado

Com todos os sonhos que tivestes

Cheio de esperanças esquecidas

Repleto de alegrias

Gente que foi embora há tanto

Retornando gentil e sorridente

Com mãos cheias de presentes

Desaparece a saudade

Renasce o viver de novo

O que não pode ser realizado

O que não foi dito

O que se deixou por fazer

O arrependimento de não ter concretizado

Os desejos, os anseios, as aspirações

Enche-te de coragem e vai

Chama-te a vida

Talvez tua última oportunidade

De seres o que queres ser.

domingo, 25 de outubro de 2009

Que seja um


Que seja um

Em meio aos tijolos

Aos muros

As portas fechadas

Junto aos portões encadeados

Com todas as luzes acesas

No centro do medo

Do desespero e da dor

Olhando a morte de tantos

Que seja um

Apenas um levantando uma bandeira

Branca de paz

Será como árvore

Que entre caules e folhas

Dará frutos.

Seja um.

sábado, 24 de outubro de 2009

Ante a dor


Ante a dor

Posso estancar o passar

Silenciar o riso

Baixar os olhos

Criar barreiras

Impedir novos amores

Estancar minha humanidade

Rasgar o peito

Ranger os dentes

Ou

Liberta a dor

Liberar minha alma

E retomar a caminhada.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Doce e fulgente Luz Divina




Doce e fulgente Luz Divina

Apoio dos esquecidos dos Caminhos, escada dos que buscam a ascensão, clareando, retirando, limpando com ferro ou fogo, dor e amor a alma amargurada e enlutada pela lama da vida.

Tu és Àquele que segura o cajado e nos aponta o norte.

O farol que corta a cerrada neblina do desespero e da amargura criada por nós e contra os outros, contra a nossa essência.

És Tu o portada da Boa Nova, o que ensinaste não foi jogado à poeira do tempo, não foi e não será nunca esquecido.

Ah! Meu doce rabi que tuas sandálias possam de novo percorrer nossa terra e teus olhos nos tragam a esperança da liberdade, de todos os males que causamos.

Recebe-me Senhor em teus braços.

Esquece, perdoa minhas falhas.

O espinho que cravei em sua testa, tua coroa de espinhos, meu inferno.

Psicografado em 11.08.2009.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Grilhões.


Grilhões.

Que grilhões te prendem à carne?

Que te ferem e não te importas?

Que prazeres tão desejáveis te acoplam nesta crosta?

O amo que humanamente se dissipa, que finda, que passa velozmente?

O apego aos bens que o tempo corrói e tudo extermina?

O gozo da vida humana que destrói pouco a pouco, o corpo de carne?

Reparas nas estrelas no céu

Que mesmo mortas ainda brilham.

Seja como elas.

Quando o teu corpo fenecer, tua luz seja o luminar para tantos outros.

Que ainda perecem da ilusão da felicidade perfeita

No mundo das imperfeições.

(26.05.2009. Sem identificação espiritual. Psicografia).

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Flor Cipreste.


Flor Cipreste.

Qual flor cipreste em alto monte

Branca, alva, deslumbrante

Rica em odor inebriante

Pequena perola ou diamante

Balança ao vento uivante

Frágeis pétalas oscilantes aberta ao Sol

A chuva escassa ou abundante

Resiste às intempéries da vida causticante

Assim, é alma do ser errante

De planeta em planeta

Jornada desgastante

Do mal que cria do bem que faz

Temendo um julgamento inexistente, ineficaz

De um Deus medonho um incapaz

Sem saber a verdade que satisfaz

Deus é só amor

Não culpa, não julga só ama demais.

*Canalizado em 19/10/2009.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dama azul


Dama azul

Gira eternamente

Entre os holofotes estrelares

Trás em si vida palpitante

Filhos e filhas

Que mantêm há tanto tempo

E a que a consomem.

Já não é mais uma jovem

Contudo carrega consigo a beleza das balzaquianas.

Seu corpo ainda atrai

Sua dança ainda conquista

À sua visão viajantes param diante de sua beleza.

Outras damas e cavalheiros

No baile do universo estão

Mas, só tu em azul

Está em meu coração.