segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Clamando.

Clamando.

Mãe?

Esquecestes de mim?

Estou só.

Choro.

Sinto fome.

O frio estala meus pequenos ossos.

Mãe?

Onde estás?

Meus olhos procuram tua visão.

Ainda embaçada para mim.

Estão cheios d’água.

Que escorrem pela minha face.

Mãe?

Socorre-me!

Minha roupa está molhada.

Suja com meus dejetos.

Moscas me atacam.

Mãe?

Por que me abandona a sorte?

E desaparece junto com a escuridão da noite?

Com convite do desejo da carne.

Mãe?

Ouve meu choro.

Choro que diminui.

Que passa.

Pelo meu cansaço.

Minha fraqueza.

Embalando meu sono.

(visite:
Poemas e Encantos II )


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