domingo, 30 de novembro de 2008

Sintomas.


Sintomas.

Um coração descompassado

Mãos molhadas

Olhos fixos

Frio no estômago

Tremedeira

Onda de calor

Onda de frio

Pernas bambas

Nervosismo

Branco total

Sem palavras

Dores no peito

Paixão?

Amor à primeira vista?

Flecha do cupido?

Não, não.

É só uma virose.

(visite:
Poemas e Encantos II )












sábado, 29 de novembro de 2008

Temor.

Temor.

Temo por mim, por ti, por nós.

Temo a escuridão da rua.

O dobrar a esquina.

O irmão que vem ao nosso encontro.

Temo parar no trânsito.

Atravessar a rua.

Ir ao centro comercial.

Assistir a um filme num cinema especial.

Temo a escola

O aluno armado

O professor dementado.

Temo o pedinte

O catador de lixo

O carteiro

O lixeiro.

Temo a todos que não conheço

Temo até a quem conheço.

Temo as medidas políticas

Temo a esmola que não plenifica o homem

Que não o torna mais digno

Confiante em si

Honesto.

Temo o que diz não ter Deus

Que escarnece Jesus

Que não busca um mestre espiritual

Que vive nas sombras do mal.

Temo aquele que foi liberto

Para visitar a mãe

E mata para roubar.

Temo, o meu temor.

Que estremece minha alma.

Não pela morte.

Mas, pela dor.

(visite:
Poemas e Encantos II )






sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Tic tac

Tic tac

Tic tac reloginho

Tic tac bonitinho.

Corre, corre ponteirinho.

Rápido, leve, ligeirinho.

Um instante

Um minutinho.

Uma hora

Num tempinho.

Duas três bem rapidinho.

Tic tac reloginho

Tic tac bonitinho.

E não para o reloginho.

Sempre andando agilzinho.

Nunca para o ponteirinho

Arrastando todos, tudinho.

Mesmo o tempo inventadinho.

O tic tac do reloginho

Arrasta rápido, rapidinho.

Passa o tempo o reloginho

Não se lembra de parar

Nos melhores momentos da vidinha.

Só demora quando dor há.

Apressa-se no amor.

Mas, parar nunca.

Nem por favor.

Passa o tempo reloginho.

Vais ficando bem velhinho.

A ferrugem te corroeu.

Como máquina se destrói.

Parou, morreu, findou.

Mas, oh!

O tempo continuou.

(visite:
Poemas e Encantos II )




quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sombras.

Sombras.

Ao entardece chegam às sombras.

Quando a Lua estiver nova

O céu encoberto por negras nuvens

Escuridão.

Nenhuma estrela.

Nenhuma luz.

São as horas noturnas.

Silenciosas, que nos fazem pensar,

Lentas, tão lentas, que aumentam nossa ansiedade.

Nos faz prever dificuldades.

Nos leva até a chorar.

Não há luz.

Não há sono.

Não a sonhos.

O tic-tac do relógio, o carrilhão na sala diz que só passou meia-noite.

Há ainda muito a esperar.

E úmidos olhos fixam o olhar no tempo.

O pequeno ponteiro avança célere

Os grandes quase não se movem.

E esperamos em dor, em aflição.

Que passe

Passe o tempo

Passe a escuridão

Passe a dor

Passe a solidão

Passe os problemas que parecem sem solução.

Quando menos esperamos

Uma réstia de luz

Abrimos as portas

Abrimos o coração

A luz do Sol na sala

A luz da fé no coração.

Tudo passa.

Nada, aqui, é eterno, indissolúvel, tudo muda.

Como a escuridão da noite

Para a luz do dia.

Como a desesperança e desalento.

Para a fé em Deus.

(visite:
Poemas e Encantos II )




quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ilusão de ser...


Ilusão

De felicidade eterna

De amor que não se acaba

De vidas que não se separa.

Ilusão

De ser eterno amor

De não sentir nunca dor

De amar para sempre.

Ilusão

De ser sábio e prodigioso

De ser lógico e despretensioso

De ser douto na vida.

Ilusão

De poder sempre dizer o que quer

De pensar que é livre pensador

De se imaginar puro das idéias do mundo devastador.

Ilusão

De poder conseguir o que quer

De ter o que deseja

De alcança o que almeja.

Ilusão

De que vivo está

De que a vida tudo lhe dará

De sonhar até o fim chegar.

(visite:
Poemas e Encantos II )

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Quando retorna.

Quando retorna.

Quando o passado bate a nossa porta

Vem cheio de lembranças.

Como um veleiro que fez a volta mundo

E agora retorna ao mundo nosso.

Memórias guardadas

Entocadas em caixas de bombons.

Amareladas pelo tempo nos fundos das gavetas.

Empoeiradas nos armários.

Mas, elas chegam como um tufão ou mesmo furacão.

Sopram para longe o esquecimento

Ressurge em sentimentos

Doloridos, frescos, sanguinolentos.

Rasgando como faca afiada, a boca, a língua, o peito, a alma.

Deixam de ser passado e voltam a ser presente

No dia-a-dia

Na noite mal dormida.

No pensar incessante do que perdemos, do que teríamos, do que seriamos.

Caso tivéssemos seguido o desejo de nossa alma.

Ao invés de ficarmos presos a fútil vida.

Que nos transformou em nada...

(visite:
Poemas e Encantos II )

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Por que você ler o que escrevo?

Por que você ler o que escrevo?

Reconheces-te em minhas linhas?

Gostar de recordas o que tinhas?

Achas belos os meus poeminhas?

Não te entristece essa minhas rimas e rinhas?

Com as coisas da vida.

Por que você ler o que escrevo?

Sente prazer no sofrimento?

Busca nas palavras alento?

Procuras verdades nas entrelinhas?

Ou essas palavras te reanimam?

Ou deprimem mais a tua alma e a minha?

Por que você ler o que escrevo?

Achas verdades nesses cantos?

Encontras vida nas palavras contidas?

Nas verdades escondidas?

Espera que um dia eu pare com essa mania?

Por que você ler o que escrevo?

Para como eu exorcizar nossa sombra?

Expurgar a tortura mental?

Extirpar o mal?

Procurar nesse caos o ponto inicial?

E como Teseu sair desse labirinto de trevas e mal?

Responde-me...

Por que você ler o que escrevo?

(visite:
Poemas e Encantos II )




domingo, 23 de novembro de 2008

Inexiste...

Inexiste



O que não se ouve...

É silêncio?

Ouve-se o som do silêncio, sem som?

Quando a porta se fecha...

O mundo, lá fora, acaba?

E só existe o quarto e as quatro paredes?

Existe algo dentro da gaveta fechada?

Quando você nunca a abriu?

Ou só o oco, o nada?

O vazio que perambula pela mente?

Somente, só, ou minto?

E está cheio do que não sabemos?

Existe o eu sem o outro?

O outro sem o eu?

O nós sem os outros?

Todos nós...

Sem Deus?





sábado, 22 de novembro de 2008

A Morte.

A morte.

- Quem bate?

- Sou eu.

- Eu quem?

- Teu futuro.

- Por que bates?

- Porque cheguei.

- Mas, não chegas todos os dias sem bater?

- Mas, hoje é especial.

- Por quê?

- Porque sou seu futuro final.

- Meu fim?

Meu último dia?

O túmulo de minhas felicidades e agonias?

O derradeiro por do Sol?

A última Lua no céu?

Meu definitivo hálito?

És tu morte?

- Não. Sou a porta para a verdadeira vida.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Criança.


Criança.

Sou criança.

Mesmo com cabelo brancos.

Dentes amarelos.

Rugas na face.

Pele seca.

Sou criança.

Cresci só por fora.

Envelheci só por fora.

Tornei-me grande só por fora.

Dentro de mim sou criança.

Não compreendo tuas palavras.

Para mim tão difícil.

Teus comportamentos fingidos.

Tuas mentiras necessárias.

Teus apertos.

Teus mistérios.

Tuas dores.

Cresci por fora.

Mas, dentro sou criança.

E alguns não compreendem o fato.

E me molestam.

Detestam-me.

Escarnecem de mim.

Têm medo de algum dia ser também assim.

Choro.

Mas, passa. Sou criança.

Criança é assim...

Não guarda mágoas, rancor, ódio.

Contenta-se com um novo brinquedo.

Um pedaço de torta.

Uma história de anjo para dormir.

(visite:
Poemas e Encantos II )



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Morrerei.

Morrerei.

Morrerei um dia.

Claro todos morrem.

Que se faça uma festa.

Com muitas flores e música.

Estarei feliz se assim for.

Não, não quero choro e tristeza.

Perdôo um pouco de saudade.

Mas, nada mais que isso.

Lembre-se estarei me libertando.

Das algemas pesadas da carne.

Dos problemas tediosos do mundo.

Das dores, dos medos, do desalento.

Deixe-me dormir o sono dos justos.

Enquanto meus irmãos me libertam por completo.

Sempre que puder virei visitá-los.

É só uma viagem.

Estarei esperando cada um de vocês do lado de lá.

Ficarei com saudades.

Posso até chorar um pouco.

Mas, estamos todos entregues a Divina Providência.

Que nos aponta caminhos.

Vou morrer um dia.

Todos vão.

Não chorem por mim.

Tentei fazer por onde brilhar a minha luz.

Quem sabe não consegui?

(visite:
Poemas e Encantos II )




quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Graúna.

Graúna.

Onde estão as tuas asas?

Por que as fechastes?

Quando ela o levava a tantos céus.

Que temores invadiram teu peito?

Que medos cessaram teus sonhos?

Quem te prendeu se não tu mesmo.

Minha graúna levanta os olhos.

Infinitos te esperam.

Conheces o que tens agora.

Abre tuas asas para a Luz do mundo.

Emerge na Luz e faz brilhar tua escuridão.

Voa livre de toda dor que tolhe,

De toda culpa que poda,

De toda tristeza que mata.

Ama a quem te ama.

A quem não te ama também.

Aceita o que é como é...

Não te debatas na lama dos pântanos.

Voa entre brancas nuvens.

Em sonhos esvoaçantes.

Eles sempre serão seus.

E ao te cansares escolhe um ninho.

São tantos os que lhes são oferecidos.

O calor do colo dos amigos.

Que zelam por ti em silêncio.

(visite:
Poemas e Encantos II )

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Compaixão.

Compaixão.

As feridas dos corpos.

Ao pus amarelo, grosso, fétido.

Ao sangue pisando.

Ao edema arroxeado.

Aos ouvidos surdos.

Pelo barulho das bombas.

O zumbido do silêncio morto.

Das moscas sobre os corpos.

O não querer ouvir o choro.

Das mães sem filhos.

Dos filhos sem mãe.

Dos pais, maridos, amantes loucos.

Dos velhos abandonados e secos.

Entre os escombros de seus lares.

Apoiados em árvores mortas.

Como seus próprios olhos.

Enquanto minas amputam pernas de crianças.

Aleijam adultos delas esquecidas.

E mulheres não desejam doar vida.

A arte humana.

Levada a quase perfeição da morte.

Em fogo, pólvora, blindados, aves assassinas,

Bombas nucleares, construções intactas e gente sem vida,

Bactérias vivas homens que se vão.

Destruição silenciosa, da humanidade, da civilização.

Compaixão.

Fim da desolação.

(visite:
Poemas e Encantos II )





segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A porta.

A porta.

A vida e a porta fechada.

Entre a porta aberta ou fechada.

Um mundo de decisões

Um ir

Um não ir.

Toda uma história de vida

Podendo ser finda.

Nova vida a iniciar.

De cinzas entulhadas.

Entre um sim ou não.

Um aceito ou descarto.

A coragem de ir.

A covardia de ficar por aqui.

Esperando nada.

Nada que já não conheça,

Nada que já não tenha vivido.

Lá fora o desconhecido, o medo, o risco.

Cá dentro o ninho, o abrigo.

O abraço amigo.

Entro.

Fecho a porta.

O sorriso.

Do sonho.

Desisto.

(visite:
Poemas e Encantos II )




domingo, 16 de novembro de 2008

Cada passo.

Cada passo.

Cada passo sem pensar

É um espinho na carne a entrar.

Um aprendizado doloroso.

Um mestre cuidadoso.

Cada passo sem atenção.

É uma provável queda ao chão.

É o arranhão nos joelhos.

É a perda, do horizonte, a visão.

É só o vê o chão.

Cada passo rápido.

É erro de cálculo.

É soma perdida.

É só subtração.

É a não multiplicação.

Cada passo sem amor.

É um passo perdido.

É aquele que não saí do cantinho.

É nosso medo de ser feliz.

È não ser o sal da Terra.

É não ser a candeia na janela.

(visite:
Poemas e Encantos II )






sábado, 15 de novembro de 2008

Águas cruzadas.

Águas cruzadas.

Água de chuva na calçada

Que leva vidas em enxurradas.

Arrastadas a força dementada

da água represada.

Solta como um dragão marinho

em urros de dor agigantado.

Em laços de amor cortados,

em corações despedaçados,

Deixados para trás.

Insistentes nas lembranças,

memórias embotadas,

esfumaçadas,

enodoadas pelos sentimentos.

Vidas misturadas

em ruas, estradas, caminhos.

Encruzilhadas cruzadas.

Águas não cristalinas.

Lágrimas vazadas.

Pelas perdas inesperadas.

(visite:
Poemas e Encantos II )




sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Só Tu!


Só Tu!

Toca Amor a minha alma.

Faz-me fazer parte da música universal.

Possa cantar os sons da vida.

Em tons de alegria e felicidade puras.

Entre as quatro paredes de um quarto

Ou no jardim público.

Com uma platéia que me ache um louco.


Que meu canto seja em louvor a Tua glória.

A glória da vida que sorrir.

Para todos que vêm à vida como uma dádiva

E nunca como um fardo.

Anima Senhor minha língua

Para que fale de Tuas benesses.

Do teu amor infindo.

Da Tua bondade e misericórdia.

Pois, só Tu.

Meu Deus

Completas os homens.


Quem Te encontrou, sequer um segundo, já o sabe!
(visite: Poemas e Encantos II )

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Despedida ao Nogueira.

Despedida.

Ontem fui despedi-me de um senhor que havia muito trabalhava no centro Kardecista que freqüento.

Do descobrir do mal que assolava silenciosamente seu corpo até o suspiro último, não me pareceu muito tempo.

Sua esposa, pequena senhora ativa e perspicaz, era um ser ferido, talvez fatalmente.

Não parecia dar-se conta que aquele era o último adeus.

Que já não encontraria mais seu companheiro de vida quando retornasse a casa.

Que sua cama estaria agora metade cheia metade vazia.

Assim, como sua vida.

Que foi dividida por mais de cinqüenta anos.

Trêmula, nervosa, ansiosa, cansada apoiava-se nos filhos e amigos.

Lágrimas corriam no seu rosto.

Não houve gritos ou lamurias.

Nem tão pouco desmaio.

Só uma saudade sentida, profunda de um adeus mesmo que temporário.

Mas, que imprime na alma a dor de se ter ido mais um do nosso tempo, um trabalhador incansável, um pai responsável, um bom amigo.

Que sempre no enviava beijos no coração.

29/10/2008.



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sempre peço.

Sempre peço.


Peço-te Pai mãos que curam.

Mas, não sei se as mereço.

Será apenas uma loucura.

Ou para o ego um adereço.

Peço-te Pai que minhas orações cheguem ao endereço.

Mas, não sei se isso mereço.

Não será apenas orgulho e vaidade.

De receber louros que meus não são.

Peço-te o Pai.

Aliviar dores.

Quando não alivio a minha.

Se não consigo me curar.

Como curar quem me chega em agonia?

Peço-te Pai

Cura, paz, amor e harmonia.

Mas, um passo sei que foi dado.

Não o peço só para mim, para minha família.

Peço para toda a criação que é tua.

Desde a rocha que dorme

Ao homem que para a angelitude caminha.

(visite:
Poemas e Encantos II )




terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lembrando de ser feliz.

Receituário.


Para lembrar de ser feliz.

Abra os olhos e veja: você vê.

Espreguice: você tem braços.

Saía da cama: você tem pernas.

Pise no chão frio: você tem pés.

Ore: você tem voz.

Faça seu café: seu armário tem alimentos.

Tome seu banho: sua casa tem água encanada fria e quente.

Abra seu guarda roupa escolha: você tem o que escolher.

Vá para o trabalho: você está empregada.

Beije seu cônjuge: ele ainda está contigo.

Abrace seus filhos: eles a amam de qualquer forma (mesmo adolescentes complicados).

Pegue a chave do carro: mesmo que não seja o do ano ele facilita tuas idas e vindas.

Ouça a música do rádio: você pode ouvir.

Sorria para os outros: eles podem não ter tudo aquilo que você tem.

(visite:
poemasencantos I )


domingo, 9 de novembro de 2008

Irmã.


Irmã.


Não se vá.

É tua voz que me acalenta.

Ao preocupar-me contigo

Sinto-me viva.

Não se vá.

Não terei mais com quem falar

Ou ouvir.

Quem escutara meu choro

Se só contigo abrem-se às comportas dos olhos?

Não se vá.

O mundo será mais triste sem ti.

As dores serão maiores.

Morrerão esperanças nas tuas mãos gélidas.

Não, não se vá.

Pois, entre as agruras de minha vida sei que estás aí.

Com um colo a me esperar.

Uma mão pequena e fina a passar pelos meus cabelos.

A voz que acalma a alma

E preenche o coração de esperança.

Não, não me deixe.

Estão todos indo.

O tempo passa e as pessoas com ele.

Outros nomes, outros seres, outros valores.

Que não são os nossos.

Não se engane.

Não arrisque sua alma pelo orgulho.

De dizer o que quer a quem quer.

Não enlameei sua alma por não perdoar o outro.

Nem seja o que ele é.

Amo-te como sois.

Amor em movimento.

(visite:
Poemas e Encantos II )



sábado, 8 de novembro de 2008

Nossa Senhora de Lourdes

Mãe Maria.

Que mãe és tu?

Que longe vive

Mas, que te sinto.

Que não me esquece

Que me socorre em todos os mundos.

Que me enche de ternura.

Que me acende a alma.

Que purifica meus desejos.

Que me leva a Deus.

Que mãe és tu?

Que nunca se zangas.

Que nunca se aborrece.

Que me trata sempre feito criança.

Que mãe és tu?

Que me ama profundamente.

Que em teus olhos azuis.

Perco-me eternamente em amor.

Que mãe és tu?

Mãe de todos que te desejam.

Como mãe e guia.

Mãe perfeita.

Mãe Maria.


(inspirado por Luís)

(visite:
Poemas e Encantos II )




sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Um é Pedro outro é Ângelo.

Um é Pedro outro é Ângelo.


Um é Pedro outro é Ângelo.
Um mais forte outro mais magro.
Um parece com o avô paterno.
O outro com avô materno.

Um chegou primeiro.
Outro um minuto depois.
Um é muito amado.
O outro também é adorado.

Um veio com o outro.
Nas águas da vida uterina nadaram.
Em sonhos e névoas se formaram.
No ventre da mãe esperaram.

Nasceram perfeitos e belos.
Criaturas minúsculas e sensíveis.
Gente miúda e incompreensível.
Que não emitem palavras, só choro.

São almas unidas em outras vidas.
Irmãos de vidas passadas.
Amizade antiga e duradoura.
Que nessa vida se reencontram.

Crescendo em beleza e sabedoria.
Causando alegria para os pais.
Que agindo com sapiência e moderação.
Os tornarão grandes irmãos.

(visite:
Poemas e Encantos II )
Meus sobrinhos netos!



sábado, 1 de novembro de 2008

Riscos da Busca.


Riscos.

Quantos não se arriscaram?

Quantos não abandonaram a vida?

Quantos esqueceram os seus?

Quantos buscaram o céu?

Quem não pensou uma vez sequer?

Quem não desejou?

Quem não pediu?

Quem não implorou?

Qual não se desfez de defeitos?

Qual não se aninhou no bem?

Qual não buscou ser perfeito?

Que louco não buscou a Verdade?

Que louco não abandonou a vaidade?

Que louco não Te procurou pela eternidade?

Muitos de tudo desistiram.

Muitos de tudo esqueceram.

Muitos de todo enlouqueceram.

Para ter um encontro Contigo.

Torna mais manso teu rio.

Diminui as quedas d’água.

Afasta os redemoinhos.

Acalma as correntezas.

Arrefece as tempestades.

Somos muito pequenos.

E assim, dificilmente chegaremos a Ti.

Podendo até, em meio caminho, sofridos desisti.

(visite:
Poemas e Encantos II )