domingo, 5 de outubro de 2008

Pedindo.

Pedindo.

Eu estendo minha mão.

Peço...

Tu indagas.

Quem és?

O que queres?

Por que o queres?

Realmente precisas?

Não estás a me enganar?

Eu estendo minha mão.

Peço.

Envergonho-me...

Tu te indagas.

Será merecedor de minha ajuda?

Não estará nessa situação por merecimento?

Devo ajudar a esse ou a outro?

Vale a pena ampara a essa criatura?

Eu estendo minha mão.

Peço.

Envergonho-me.

Sofro...

Tu indagas.

Valerá auxiliar?

Não é mais um vagabundo a tripudia da boa fé humana?

Mais, um enganador?

Um salafrário?

Um ladrão esperando que me aproxime mais?

Eu estendo minha mão.

Peço.

Envergonho-me.

Sofro.

Enquanto indagas

Eu me retiro.

Com minha fome.

Com minha miséria.

Com minha dor.

Com minha vergonha.

Sem tua ajuda.

Sem teu amor.

(visite:
Poemas e Encantos II )



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