quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Envelhecemos.


Envelhecemos.

Sem notar. Envelhecemos.

Não vimos às rugas chegarem e se implantarem cada uma em seu lugar.

Não percebemos o monte de cabelos que embranqueceram.

Só quando nossas cabeças tornaram-se tingidas de neve e giz branco.

Não sentimos a flacidez da pele.

A papada flácida que se movimentava com nosso pescoço.

Nem tão pouco percebemos que a visão encurtava rapidamente.

Não ligávamos para as pequenas dores.

Que hoje nos impõe um calmo andar.

Não vimos os filhos crescerem.

Deixando de serem meus meninos.

Não percebemos que nos falta assuntos novos.

E relembramos mais do que criamos.

E só sentimos nossa velhice

Quando estamos sós.

Sem a alegria e o barulho, antigo da casa cheia.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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