sábado, 13 de setembro de 2008

Alma redimida.

Alma redimida.

Do seio Divino parti.

Sem dores, sem sentido, sem percepção.

Desci a matéria bruta

Sem nenhuma noção.

Rolei entre as pedras, os seixo, os diamantes e cristais.

Sentir o corpo de folhas e caules, frutos e flores.

Fui trigo e milharal.

Ofereci-me em holocausto.

A fome de outros.

Voei como louva-deus, como borboleta e besouros.

Corri nas pradarias sobre quatro patas.

Tornei-me homem.

Respirei a consciência.

Desenvolvi-a em caminhos tortos.

Morri centenas de vezes.

Desci a mansão dos mortos.

Nasci.

Sofri de novo.

O umbral estava a minha espreita.

O mal era o meu caminho.

Cada vez mais profundo.

Até o abismo.

Perdi formas.

Chorei e implorei.

Voltei à carne milhões de vezes.

Tornei-me homem.

Venci a mim mesmo.

Renasci como anjo.

(visite:
Poemas e Encantos II )


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