quarta-feira, 28 de maio de 2008

Fantasmas.

Fantasmas.

Que cruzam as ruas e não se vêem.

Que buscam e não encontram

Eu não sei o que.

Que choram nas esquinas.

Que ficam presos as suas antigas casas e escombros.

Que não abandonam o campo santo.

Que vagueiam sem destino.

Que dormem eternamente onde perderam o corpo.

Que violentos tentam destruir seus desafetos.

Que malévolos dirigem outros a escuridão.

Que silenciosamente curtem sua solidão.

Que nada vêem se não sua perdição.

Que imaginam castigos vãos.

Que miseravelmente obsediam seus irmãos.

Que nem sabe que morreram.

E seguem como nada houvesse ocorrido.

Que não entendem o silêncio dos que amam.

A solidão absoluta a que foram abandonados.

E não lembram sequer um segundo.

Que têm um porto seguro.

E basta desejá-lo:

Deus.

(visite:
Poemas e Encantos II )




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