quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008



Meu pai e eu.

De todos os pais da vila.

O meu pai era o melhor.

Domingo futebol.

Durante a semana dominó.

Festas de rua.

Cavalinhos, roda gigante.

Algodão doce.

E ainda levava meus amigos.

Para a gurizada era o melhor pai da rua.

Para mim meu melhor amigo.

Contava-lhe as minhas presepadas.

A subida atrás das jabuticabas.

Ele sorria e me abraçava.

Mas, o que me ficou marcado.

Foi uma noite onde estávamos sós.

Ele me levou para fora da cidade.

No seu velho carro Ford.

Sentamos num local mais alto.

E passamos a noite a ver estrelas.

Meu pai e eu e ninguém mais existia.

Bem, só lá em cima, Deus.

Olhando meu pai e eu.



(visite: Poemas e Encantos II )

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