sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008


Difícil à arte de amar.


Amando com todo ardor.

Entregando todo nosso amor.

Realizando façanhas inconcebíveis para amado.

Deixando todos os seus sonhos realizados.

Mimando-o com todos os mimos possíveis.

Dando-lhe nosso tempo, força, energia.

Entregando tudo que temos.

Nossos braços fazendo o seu trabalho.

Nossas pernas percorrendo seus caminhos.

Nossas mãos só doando carinho.

Nossa palavra só doce e mel.

Criamos um mostro.

Que nos devora a vida.

Que não nos valoriza.

Achando que fazemos menos que devíamos.

E se senta num trono de ilusões.

Até que cansadas.

Damos um basta.

E a criatura.

Por nós alimentadas.

Sofre e se revolta.

Até compreender que a vida é trabalho.

Que trabalho é evolução.

E que lhe fazíamos o mal.

A doar de tal forma nosso coração.

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