quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sem importância.

Seja modesto...Mesmo que digam que parece diminuir sua capacidade.

Seja verdadeiro... Mesmo que lhe custe alguns amigos.

Seja simples...Mesmo que lhe chamem de simplório.

Seja fervoroso... Mesmo que achem que acreditas em tudo.

Seja amoroso... Mesmo com quem lhe é ríspido.

Seja discreto...Mesmo que não tenhas os teus quinze minutos de fama.

Seja moral... Mesmo que não estejas na moda.

Seja reservado... Mesmo que passes despercebido nos lugares.

Seja humilde... Mesmo que te achem um tolo.

Seja humano... Mesmo em meio a tantos homens animalizados.

Seja caridoso... Mesmo que lhe custe trabalho.

Seja carinhoso... Mesmo com que tem o coração seco pela vida.

Seja atencioso... Mesmo que explorado.

Seja delicado... Mesmo que lhe chamem de servil.

Seja sonhador... Mesmo que te achem infantil.

Seja senhor da tua vida.

Comandante dos teus sentimentos.

Sem se importar... Com o que os outros pensem de ti.

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Poemas e Encantos II )

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008


Ajude-me


Ajude-me a refazer minha alma.
Quebrada em tantos pedaços pela vida.
Alijada da felicidade.

Ajude-me a refazer minha alma.
Cansada das agruras da existência.
Dos desgostos e penitências.

Ajude-me a refazer minha alma.
Que em mil pedaços se espalhou no espaço.
E não sei como remontá-la.

Ajude-me a refazer minha alma.
Cansada e triste da história de sua caminhada.
Dobrada pelas mazelas e feridas.

Ajude-me a refazer minha alma.
Estilhaçada pelo ódio, aversão e rancor profundo.
Antipatia, repulsão e horror.

Por tudo aquilo que meu Deus quis que eu fosse.
Eu não quis, o seu amor eu repeli.
E assim me destruí.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008


Almejo.


Espero que a saudade que me acompanha há tanto tempo

Do tempo do paraíso.

Da Era de Ouro.

Desapareça feito fumaça de cigarro que não se sabe para onde vai

Mas, que se esvai.

Que se dilua como tinta n’água

Em rio caudaloso de águas profundas

E revoltas.

Que seja expulsa da minha mente

Como são expulsas, esquecidas as memórias dos dementes.

Para o limbo de suas lembranças.

E que esta saudade que me coroe feito traça

Que no meu peito é feito faca

Padeça, morra, aniquile-se.

Pois, entre os meus humanos irmãos.

Não encontro o que desejo

Teu amor Pai que tanto almejo.


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domingo, 24 de fevereiro de 2008


Sonhos que sonho.

Sonhos que se perdem na imensidão das imagens que o compõem.
Sonhos que se libertam da mente e caminham pelas ruas.
Sejam sonhos santos ou indecentes.

Sonhos que maravilham meus olhos pela sua beleza.
Fazem-me chorar pela sua tristeza.
Temer pelos seus horrores.

Sonhos de mulher mãe.
Mãe mulher.
Só.

Sonho de quem busca anjos.
Anjos que se buscam em sonhos.
Que aqui não se encontram.

Sonho ser o que não sou.
Não sendo o que sonho.
Mas, preciso sonhar.

Ou passarei sem sonhos toda a vida.
Na melancolia de que nunca teve sonhos.
Só realidade a sufocar, oprimir, esconder, matar.

Sonho de quem busca o sonho da Verdade.
O sonho interminável de Eternidade.
O sonhar com Deus.


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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Insubstituível.

Nenhum amor pode substituir o Teu.

Nenhum amigo pode fazer por mim o que fazes.

Nenhum mestre me ensina tão bem.

Nenhum alquimista me transforma em ouro como Tu.

Nenhum médico me cura como quando o queres fazer.

Nenhum mago me ensina melhor que Tu a magia do viver.

Meu coração por Ti apressa o passo.

E busco em mim, no mundo, no outro o Teu retrato.

E eu mudo para que me aceites.

Mesmo sabendo que me aceitas como sou.

Mas, por Ti quero ser melhor.

Quero ser o que queres que eu seja.

Não importa onde me mandes.

Sabendo que estás comigo estarei bem.

Que um dia eu te encontre.

Nos Teus braços me deleite.

Nos Teus olhos me perca.

No Teu coração entre em êxtase.

E de Ti nunca mais me aparte.

Pai.


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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008


Difícil à arte de amar.


Amando com todo ardor.

Entregando todo nosso amor.

Realizando façanhas inconcebíveis para amado.

Deixando todos os seus sonhos realizados.

Mimando-o com todos os mimos possíveis.

Dando-lhe nosso tempo, força, energia.

Entregando tudo que temos.

Nossos braços fazendo o seu trabalho.

Nossas pernas percorrendo seus caminhos.

Nossas mãos só doando carinho.

Nossa palavra só doce e mel.

Criamos um mostro.

Que nos devora a vida.

Que não nos valoriza.

Achando que fazemos menos que devíamos.

E se senta num trono de ilusões.

Até que cansadas.

Damos um basta.

E a criatura.

Por nós alimentadas.

Sofre e se revolta.

Até compreender que a vida é trabalho.

Que trabalho é evolução.

E que lhe fazíamos o mal.

A doar de tal forma nosso coração.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008



Meu pai e eu.

De todos os pais da vila.

O meu pai era o melhor.

Domingo futebol.

Durante a semana dominó.

Festas de rua.

Cavalinhos, roda gigante.

Algodão doce.

E ainda levava meus amigos.

Para a gurizada era o melhor pai da rua.

Para mim meu melhor amigo.

Contava-lhe as minhas presepadas.

A subida atrás das jabuticabas.

Ele sorria e me abraçava.

Mas, o que me ficou marcado.

Foi uma noite onde estávamos sós.

Ele me levou para fora da cidade.

No seu velho carro Ford.

Sentamos num local mais alto.

E passamos a noite a ver estrelas.

Meu pai e eu e ninguém mais existia.

Bem, só lá em cima, Deus.

Olhando meu pai e eu.



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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Acaso.

Foi o acaso.

Essas coisas que acontecem sem esperamos.

Numa dessas filas em que ficamos todos os dias.

Tu estavas lá.

Reconheci-te pelos olhos azuis.

Não existiria outro igual.

Que lembra o mar da Grécia.

E às vezes o escurecer do céu.

Mas, não tinha nada haver com o que eras.

A roupa já não era nova.

Folgada como se não tivesse sido feita para ti.

Nenhuma daquelas jóias que usavas na mocidade.

Nenhuma pintura, nenhuma maquiagem.

As unhas pequenas e sujas demonstravam trabalho pesado.

Os sapatos roídos.

Tu que eras à flor da fina sociedade.

A mais bela das flores nos salões de bailes.

A mais rica e cobiçada.

O orgulho e vaidade em pessoa.

O que fizera contigo a vida?

Envergonhei-me do meu terno.

Dos meus sapatos de cromo.

Do meu relógio de ouro.

Do cordão pendurado no pescoço.

Do cabelo bem cortado.

De ser chamado doutor pelo atendente.

Ao passar por ti.

Não te olhei.

Não quis te ofende a vaidade.

Baixei os olhos.

E pedi a Deus por ti.

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Aranha.

Como uma aranha vagabunda.

De fundo de quintal.

Que nada importa se não a próxima refeição.

Que tece a teia com más intenções.

E se pendura e espera a vitima desejada.

Estendi minha teia pela minha estrada.

Como armadilhas prontas para me alimentar.

Daquilo que nem precisava.

Mas, meu orgulho e vaidade almejavam.

Enroscados em minha teia minhas vitimas.

Que se debatiam e se emaranhavam.

Até que cansadas cediam.

A tudo que eu desejava.

Fui uma aranha negra, peçonheta.

Que feria a todos que de mim se aproximavam.

Para me refestelar na riqueza e na luxuria.

Na vida cheia de fatura.

Sem nada dá, sem pedir, só furtar.

Meu veneno era sutil.

Minha língua taça de fel.

Minhas garras poderosas.

E fui grande entre os homens.

Poderosa e ameaçadora.

Mesmo quando as carnes já enrugadas.

Faziam-me esconder o rosto.

E a poucos receber.

Ainda tramava a minha teia.

Com medo de algo perder.

Perdi o corpo.

A vida física de uma velha megera.

Mas, tudo o que consegui não deixarei para ninguém.

Ficarei aqui nessa casa, com minha prataria, minhas jóias e milhões de quinquilharias.

Toda eternidade.

Nessa ilusão.

Nessa solidão.


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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Versos.

De que me valeu.
Meus versos que minha mente rodeiam
Perderam-se no vácuo num lampejo.

Quantas letras lançadas ao ar.
Como gritos de um louco ou mudo.
Que ninguém ouve nem o sussurro.

Quanta solidão para o poeta esquecido.
Nas prateleiras das lojas.
Nas gavetas e nos porões.

Quanta vida dei a minha poesia.
E hoje vejo entristecido.
Roída de traças e mofo.

Cantei a glória dos reis.
Os feitos dos heróis.
A beleza das mulheres.

Cantei ébrio a vida.
Os amigos de vinho e de copo.
As prostitutas amigas.

Perambulei pelo mundo.
Como fez minha poesia.
Eu e ela inseparáveis siameses.

Foi-se o tempo.
Foi-se a fama.
Foi-se a fortuna.

Fui eu... Para o limbo cinza escuro.
Pois, na vida gozei de tudo.
Só não lembrei de Deus.

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domingo, 17 de fevereiro de 2008



Ao Sol.

Um lagarto ao Sol.

Imóvel.

Incompreensivelmente imóvel.

A vida passa a sua frente e ele imóvel.

Um lagarto ao Sol.

No seu banho matinal de energia.

Imóvel.

A vida passa a sua frente e ele imóvel.


Os homens ao Sol.

Correndo.

Correndo incompreensivelmente correndo.

A vida passa ao seu lado e eles correndo.

Os homens ao Sol.

No ganho do pão de cada dia.

Correndo.

A vida passa a sua frente e eles correndo.

E o melhor da vida passa...


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Descanso.

Pai descanso aos teus pés.

Mesmo em pensamento.

E tua fragrância me embriaga a alma.

Penso em quanto tempo perdi.

Fugindo de Ti.

Escondendo-me da Tua Luz.

Em mim,

Quanto bem e amor poderia ter oferecido.

E os escondi na caixinha do meu medo.

Quanto poderia ter dividido e amarrei meus bens nos nós da avareza.

Quanta alegria teria proporcionado e segurei tantos sorrisos e palavras tolas.

Quanto poderia ter feito aos que estavam doentes.

Mas, estava preocupada com minha alergia.

Quantas crianças poderia ter feito sorrir.

Mas, só cuidei dos meus filhos.

Ah! Pai.

Perdoa minha ignorância.

Eu retiro-me dos teus pés.

Pois, ainda não tenho merecimento para tanto.

Recomeçarei a caminhada.

E espero Pai dessa vez saber dividir.

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sábado, 16 de fevereiro de 2008

Visão

Em meio às águas.


Em meio à furiosa tempestade marítima

Banhado por ondas gigantescas e bravias.

Balança a nau sem parecer ter refugio.

Ao gosto dos ventos que a empurram ao seu bel prazer.

Perdeu o timão o seu comandante.

E os marinheiros esperam silenciosos o fim.

O tormento da espera pela morte certa.

Os braços do oceano.

Que já lhe sustentara a vida.

Que lhe dera os peixes.

A manutenção da família.

Mas, agora rasga suas esperanças de retorno ao lar.

Surge o mais velho deles com algo entre as mãos.

Um antigo quadro do Cristo.

Que servia de decoração.

Um cristo morto naqueles corações.

Inicia, o velho marujo, a única oração que sabe.

Dos olhos brotam águas salgadas.

Salgadas como a água do mar.

Os companheiros que estavam em silêncio são tocados nos resquícios de sua fé.

E acompanham o velho marujo em sua oração.

No meio da tempestade uma luz de esperança inicia a brilhar da antiga embarcação.

E se expande.

Como se quisessem participar daquele ato.

Os espíritos marítimos se calam.

As ondas se acalmam.

A chuva torna-se fina, rala.

E por um momento fugaz.

Pareceu ao velho marujo.

Ver alguém andar sobre as águas:

Jesus.


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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008



Dores.

Existe tanta dor meu Pai.

Que não sei donde se originam.

Que não parece pertencer a esse mundo.

Que inicia e nunca termina.

Que maltrata crianças e velhos.

As duas pontas mais frágeis da vida.

Que retira qualquer um do sério.

E nos deixa de mãos atadas, perdidas.

Existe tanta dor meu Pai.

Que nem sei como começar a ajudar.

Que não sei o que fazer para aliviar.

Que às vezes tento, mas, não dá.

Não dá para fazer coisa alguma.

Parece o destino a determinar.

Que esse e aquele ser pela dor têm de passar.

Que passem se esse é o seu carma.

Mas, pela benevolência divina.

Permita-me Pai auxiliar.


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008


Trabalho do bem.


Alinhados ao trabalho do bem.

Pessoas existem que doam dinheiro as instituições caritativas.

Pessoas existem que doam roupas novas ou usadas.

Pessoas existem que doam sapatos, livros, brinquedos.



Alinhados ao trabalho do bem.

Pessoas existem que doam seu tempo a um enfermo no hospital.

Pessoas existem que visitam as casas onde o no leito jaz um moribundo.

Pessoas existem que por caridade vão aos leprosários.



Alinhados ao trabalho do bem.

Pessoas fazem feirinhas de usados para levantar fundos para a caridade.

Pessoas doam obras de arte.

Pessoas importantes socialmente cedem peças pessoais para angariar dinheiro em campanhas beneficentes.



Alinhados ao trabalho do bem.
Doa-se tempo.
Doa-se trabalho.
Doa-se atenção.
Doa-se dinheiro.


Mas, nenhuma doação fará feliz ao doador.
Que mesmo se esforçando.
Mesmo doando o que lhe é caro.
Não o faça com amor.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Uma outra chance.

Eis mais uma vida.

Eis mais uma chance.

De resolver tuas pendências.

De resgatar tua indecência.

De se tornares um homem de respeito.

Um cumpridor das leis.

Humanas e divinas.

Eis mais uma vida.

Eis mais uma chance.

De reencontrar antigos inimigos.

E resgatar com eles os estragos.

Recebê-los no teu seio como filhos.

Mesmo que não o sejam.

Eis mais uma vida.

Eis mais uma chance.

De ser melhor do já fostes.

De ser mais humano.

Menos animal.

De ser gentil e amoroso.

E não ardiloso e maldoso.

Eis mais uma vida.

Eis mais uma chance.

Aproveitas.

Fazes o que melhor puderes.

Estarei contigo sempre que me chamares.

Do fundo da tua alma.

Lembra-te não me enganas.

Acompanho-te desde teu primeiro nascimento como homem.

Estive junto a ti em tantas encarnações.

Caminhei.

Enquanto via tu ficares atrás.

Tomei te como protegido.

E não te deixarei.

Até que possamos ficar juntos eternamente.

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008


Lembramos de Ti.

Quando cessa o prazer da vida
E nos vemos jogados no vendaval das dores,
Nos redemoinhos dos sofrimentos,
Nos labirintos das dúvidas,

Lembramos de Ti.

Quando o corpo torna-se frágil.
E sofre
Com os males humanos.
Com as chagas, os encharques das doenças, a solidão dos esquecidos,
Nos leitos do hospital

Lembramos de Ti.

Quando a mente já não capta o desejo do espírito,
Quando nos perdemos em questões complicadas,
Quando já não sabemos o que escolher,
Que caminho tomar.

Lembramos de Ti.

Quando perdemos o ser que amamos,
E o peito é rasgado, estraçalhado pela saudade,
E a certeza de não estar com ele noutro dia,
E pode tocá-lo.

Lembramos de Ti.

Lembramos de Ti
Nos piores momentos das nossas vidas.
Nos horrores dos nossos dias como viventes.
Na nossa debilidade.

E Tu que estavas esquecido
Vem com presteza nos socorrer.
Trazendo de alguma forma consolo, conforto.
Basta-nos abrir o coração para tua ajuda receber.

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A rosa amarela.

Abre-se em rosa, o botão.

Lenta, suave mansidão.

Rosa amarela de finas pétalas.

Abre-se para a vida.

O Sol acaricia suas pétalas de veludo.

O vento balança sua haste levemente.

A brisa roça seu corpo.

E entre suas irmãs ela é feliz.

Como uma rosa pode ser feliz

Corre o dia e chega a noite.

Frágil ser olha admirada o céu.

Onde bilhões de rosas de luz estão a brilhar.

Chega à madrugada e frio a faz encolher.

Mas, nasce novamente o Sol e ela acorda.

Com toda a sua beleza.

A enfeitar o mundo.

E nessa ordem passam os dias.

Enquanto ela entrega seu bem mais precioso.

Seu aroma.

Os dias passam e a ordem natural ocorre.

Fecha-se a rosa amarela.

Murcha e caí ao chão.

A terra mãe a abraça.

Ela foi feliz.

Pois deu o melhor de si.

Viveu o plano que o Divino lhe tinha escrito.

Doou o que tinha de melhor.

Espantou-se com a beleza da natureza.

Feneceu sem tristeza.

Quantos de nós podermos agir assim?

Seguindo tranqüilos os rumos da natureza?

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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Super herói.

Criei tantos sonhos. Belos sonhos juvenis.

Tomei para mim responsabilidades pesadas.

Governar o mundo.

Salvar a Terra do mal.

Não permitir nenhum acidente.

Descobrir a cura das doenças mais deprimentes.

Fazer sorrir a toda criança no natal com sacos de presentes.

Não deixar ninguém sem uma casa, um teto, um abrigo.

Ouvir as queixas dos velhinhos e levá-los aonde desejassem.

Comandaria os quatro elementos e onde estivesse seco choveria.

E onde houvesse inundações sopraria para longe as nuvens de chuva.

Deteria os acidentes aéreos e ninguém sofreria.

Seria então especial e bom.

Tornaria-me melhor que o super homem.

Mais, veloz que Flash, inteligente que nem Luthor, doce como a mulher maravilha,

Prestativo feito o aranha, gentil como o homem de pedra do quarteto.

Continua o meu desejo.

Mas, ficou só o desejo.

A vida tragou o sonho.

Descobrindo-o como um sonho.

Apenas um sonho.

Nada do que sonhei pude realizar.

Contudo, trabalho com as idosas no centro, faço campanhas de presentes natalinos.

Tento ser gentil com todos, busco perdoa falhas e fazer amigos.

Não, não me tornei melhor que super homem.

Mas, buscando o bem.

Cheguei mais perto de Deus.


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sábado, 9 de fevereiro de 2008


Tu...

Não sei por que não te amei.

Eras tu que tudo me propiciavas.

Como me enganei.

Não sei por que não te amei.

Pois me socorrias em todas as horas difíceis.

Sem nunca reclamar.

Não sei por que não te amei.

Como se deve amar alguém especial.

Que não se cansa de nosso desprezo.

Não sei por que não te amei.

Pois, dedica-se todo teu amor a mim.

Que não te amava.

Não sei por que não te amei.

Enquanto crescia e cometia erros.

Tu os tentavas consertar.

Não sei por que não te amei.

Eras a melhor pessoa para mim.

Sempre esperando uma migalha de amor ou carinho.

Não sei por que não te amei.

Enquanto crescia.

E tu envelhecias.

Não sei por que não te amei.

Enquanto me abria como uma flor.

E tu fenecias com os anos.

Não sei por que não te amei.

Pois me deste tudo.

Tudo me ensinastes.

Não sei por que não te amei.

Não seria nada sem ti.

A não ser mais uma criança abandonada na rua.

Não sei por que não te amei.

E agora deitada e fria, rígida e morta.

Arrependo-me mãe.

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Filha.


Dê-me um presente.

Um sorriso simples e inocente.

Lança-te ao meu colo sem que eu espere.

E sorris.

Sois a minha maior riqueza.

Um anjo em forma de gente.

Gente miúda.

Que faz mudar o mundo da gente.

Corre pela casa e derrubas os enfeites.

Arma teus brinquedos e voas para a terra da fantasia.

Permite-me de quando em vez participar dos teus sonhos.

Um mundo de paz... Utopia.

Mas, me alegram esses momentos em que estamos juntas.

Somos como amigas e não mãe e filha.

Criamos o que desejamos.

Brincamos.

Até que cansada arrumas tua cabeça no meu colo e dormes.

Como um anjo cansado que pousou numa nuvem.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Carnaval.

A festa da carne, da graça e da folia.

As ladeiras de Olinda trepidam com os pés dos foliões.

O canto dos blocos se ouve ao longe.

Crianças, jovens, adultos e velhos se entregam a essa alegria.

Das altas janelas dos casarões se vê o vai e vem dessa gente.

Que esquecem tudo para viver esses dias.

Carnaval.

Os rostos estão pintados.

Maquiados com lindas borboletas as meninas.

Os marmanjos se pintam por completo.

E são dourados, verdes, azuis.

As crianças são passistas e palhaços.

As avós já sobem as ladeiras com um pouco de cansaço.

Carnaval.

Finda na quarta feira.

E todos tiram suas tintas.

Suas fantasias.

Lembram-se das alegrias.

Dos excessos e das bebidas.

Carnaval.

Quinta feira.

Roupas comuns pelas ruas.

Nenhuma fantasia.


Nenhum bloco de folia.

Nenhuma orquestra chamando os foliões.

Cada um põe a sua máscara diária.

De pai, mãe, advogado, ladrão e empresário.

E retornam ao palco da vida.


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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008


A sereia.

No fundo do mar cantou uma sereia para mim:

Vem, vem, vem para melhor me ouvi.

Vem, vem, para mim.

Bravamente resisti.

E ela continuou com seu canto:

Vem para ser feliz.

Em meus braços de gelo e giz.

Em águas frias da cor da flor de Liz.

Bravamente resisti.

Em castelos de conchas douradas.

Ouvindo minha voz encantada.

Tendo só sonho as madrugadas.

Vendo a Lua sob as águas.

Continua o canto sereia.

Dar-te-ei a vida eterna.

Mocidade que não acaba.

Força, coragem, bravura.

Bravamente resisti.

Esperava-me no porto.

Nessa noite fria.

A esposa fiel e madura.

De calos nas mãos e na face rugas.

Não podia deixar pelo canto vago da sereia.

A realidade que me chamava.

O amor maduro e responsável.

De quem viveu, sofreu e sempre batalhou ao meu lado.

Bravamente resisti.

A beleza impar daquele ser.

Que representava todas as ilusões do mundo.

Pois, ao cair na água gelada.

Morreria e não seria mais nada.

Só um perdedor.

Um fraco.

Um sonhador.

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008


Por que ser anjo?

Que espera anjo? Ou o que esperam de ti?

A salvação em todas as horas?

A resolução de todos os problemas?

A proteção frente a qualquer perigo?

Que esperamos de ti anjo?

Milagres de grande porte?

Mudanças inexplicáveis para melhor?

Que nos lave todas as manchas?

Que nos leve direto ao sétimo céu?

Que ganhas em ser anjo? Anjo?

Uma morada nas estrelas?

A presença do coro celeste?

O sentimento de unidade?

Será...Que por um segundo...Um só instante...

Não desejarias ser como nós?

Loucos de vida em vida.

Levianos e traiçoeiros.

Barulhentos e divertidos.

Solitários.

E perdidos.

Mortais e imortais.

Seriamos por acaso irmãos?

Parentes distantes?

Filhos do mesmo Pai?

Com certeza o somos.

Só que não temos asas.

Sabedoria plena.

Alma pura.

Mas, temos a paixão pela vida.

Filhos, amantes e amigos.

Amores tão antigos.

Os quais contigo queremos dividi-los.

Anjo amigo.

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Criação de anjos.

Os anjos não foram criados.

Eles se criaram.

A cada vida.

Tornando-se, cada vez mais, seres perfeitos.

Deixando para trás as ilusões e preconceitos.

Amando mais ao outro que a si mesmo.

Foram se tornando bons por inteiro.

Viveram em tantos mundos.

Sob tantas formas.

Conhecem a ciência e a humildade.

São sábios e conhecem a Verdade.

Dedica-se a tantas tarefas.

Cada um com sua destreza.

Fazem de tudo no universo.

Para aumentar-lhe a beleza.

Uns que são iniciantes nos guiam nas vidas.

São os anjos da guarda do dia-a-dia.

Todos têm uma grande luz.

Que são suas asas que tanto nos seduz.

E todos nós no decorrer dos néons.

Seremos anjos.

Amarelos, brancos, negros.

Eu gostaria de ser um anjo azul!


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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Coração de Mestre.

Dentro do coração ardente do Mestre só amor.

Por toda criatura que pulsa a vida.

Dentro do coração do Mestre.

Só ternura por aqueles que estão completamente sós.

Dentro do coração Mestre.

Amor incondicional.

Dentro do coração do Mestre.

Bondade pura.

Dentro do coração do Mestre.

Doçura e equidade.

Dentro do coração do Mestre.

O caminho que nos salva dos nossos erros.

Dentro do coração do Mestre.

Misericórdia e compaixão.

Dentro do coração do Mestre.

A Verdade Única.

Dentro do coração do Mestre.

Luz que ilumina a humanidade.

Dentro do coração do Mestre.

Paciência e caridade.

Pelos que não participam de sua bondade.


sábado, 2 de fevereiro de 2008

O que mais nos uniu amigo?

As alegrias que tivemos nos tempos da infância?
Não. Já passaram deixando apenas alegres recordações de meninice.

A escola que cursamos juntos?
Não. São lembranças de um passado remoto do qual lembramos mais de outros que de nós.

A adolescência com todas as suas aventuras?
Não. Memórias de tantos erros.

A maturidade em que ainda estávamos juntos?
Não. Foi tanto corre-corre, crianças na escola, fazer a vida...

A velhice em que nos apoiamos mutuamente?
Não.

Então o que mais nos uniu?
O que mais une a todos.

A dor.
Que tentamos minorar naqueles que amamos.
E em nós mesmos.

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Castelo nas brumas.


Castelo nas brumas.

Há um castelo entre as brumas.

Feito de diamantes de Sol.

Suas janelas ouro em pó.

Suas portas cristais vienenses.

Há um castelo entre as brumas.

Cheio de preciosidades.

Prata e ouro. Incensos e mirra.

Colares, pulseiras e anéis.

Há um castelo entre as brumas.

Que foi criado para cada um.

Que achar em si seu maior tesouro.

O amor que ama a todos.

Sem distinção a nenhum.


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