sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Voz.


Por que me persegues?

E com tua voz gutural me incrimina.

Quem sois?

Que minha vida abomina.

Por que não me abandonas?

E deixa-me descansar.

Não me torture a alma.

Já ela está há tanto a sangrar.

Não me imponhas mais sofrimentos.

Não me perturbes, só aumenta meus lamentos.

Vai-te e leva contigo tuas acusações.

Pois arrasam meu coração.

Não há mais paz em minha vida.

Só essa voz maldita.

Esse canto de estertor.

Esse fúnebre rito de horror.

Demente assim estou.

Como fugir de terrível inquisidor.

Como não ouvir seus lamentos e acusações.

Se a toda hora comigo estão.

Salve-me! Alguém me escute.

Não suporta mais tanta dor que essa voz me incute.

Cala-te consciência não me acuses de infame.

Pois não suporto mais tamanho exame.

Dos erros cometidos, dos crimes praticados.

Do bom caminho ter me exilado.

2 comentários:

Mabi disse...

Olá :)

Já tinha saudades de te ler :)

Que grande verdade exprime este teu poema... sempre ela a nos acompanhar e a prescindir de todo murmúrio externo...

Graças à Bondade Divina, é Jesus quem atende ao nosso chamado nessas horas de dor e cansaço, dizendo-nos para que abramos os olhos ao Seu Caminho de Luz e Amor...

Beijinhos com muito carinho :)

Mallika disse...

Com certeza.
Deus nos abençoe!