segunda-feira, 4 de junho de 2007

Como permitir...


Como permitir.

Como permitir que esse ser que tanto amo se despeça?
Como deixá-lo ir?
Como dizer adeus a quem tanto tempo compartilhou comigo a própria vida?

Como imaginar que sua centelha, sua alma, seu espírito está abandonado à forma que me pos nos braços, me acalentou, me acariciou.
E que estava sempre presente nos momento de minha dor.

Como imaginar esta terra sem seu riso, minha vida sem a sua.
Como continuar sem que esteja ali, juntinhos aqueles olhos que brilhavam com minha chegada e entristeciam com a minha partida.

Como corta, feito faca cega e perfurante, sua perda.
Porém o que me dói é minha cegueira, minha ignorância, meu apego e meu egocentrismo.

Pois sei, e com certeza, que não se foi.
Simplesmente mudou.
Mudou de lugar, mudou de corpo, mudou de mundo.

Mas, continua a existir.
De uma forma mais pura.
Mais viva.

E continua a me amparar. Assim que possa com certeza.
E olhara para mim com o mesmo amor.
E estenderá suas mãos sobre minha cabeça.
E nos seus ombros, nos meus sonhos vívidos, estará lá.
Esperando-me e eu poderei novamente lhe tocar.

Mas estará bem. Já não existirá dor, nem aparelhos, nem balões, catetes, aparadeiras...
Não terá mais a vergonha da nudez perante estranhos.
Encontrará seus antepassados, os amigos que se ausentaram antes.
Os que voltaram para casa e estavam só esperando.

E todas as noites eu sei estará comigo.
E do outro lado poderás sentir o mesmo que eu.
Saudades.

2 comentários:

Unknown disse...

no se portuges pero lo que pude entender estuvo bueno

Mallika disse...

Obrigada. Frank!